domingo, 8 de junho de 2008

FENPROF acusa: Governo abre a porta aos privados

À custa destas decisões políticas (sobre educação especial) do Governo e das medidas que as concretizam, abrem-se portas para negócios que não deveriam existir. Em Coimbra, por exemplo, já está a ser distribuído a pais e encarregados de educação um folheto em que se informa que abrirá um novo serviço - privado, claro - que dará apoio a crianças que não tendo qualquer deficit cognitivo, nem lesão sensorial ou neurológica, nem problema sociais ou familiares graves continua, apesar disso - acrescentam -, a ter problemas de aprendizagem.

Esse apoio, informam, será realizado através de psicólogos, professores, terapeutas da fala, técnicos de psicomotricidade, oftalmologistas, otorrinolaringologistas, fisiatras, posturologistas, médicos de oclusão e nutricionistas.

Informam, ainda, os pais que em Setembro a escola já terá definidos os apoios distribuídos, deixando implícito que os seus filhos ficarão excluídos, portanto, acrescentam, é importante começar já a pensar em preparar o apoio para a criança, em referência às que apresentam situações como as anteriormente descritas. Leia mais na Página Web da FENPROF.


Comentário

Há dias, conversando com um amigo acerca dos efeitos desta política, ele confidenciava-me: para o próximo ano lectivo, vou ter de fazer testes específicos para um aluno autista, um aluno invisual, um aluno com trissomia 21, dois alunos absentistas, quatro alunos com dificuldades de aprendizagem e, provavelmente, para mais cinco alunos com desempenho muito acima da média. E tudo isto sem os apoios especializados e adequados a esta diversidade de NEE! Não há quem aguente uma coisa destas!


Post de Ramiro Marques, in Blog ProfAvaliação

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