domingo, 15 de março de 2009

A dura vida de professor

Violência escolar
Vinte por cento dos contactos para a Linha SOS Professor relatam agressões físicas
15.03.2009 - 09h46 Lusa

Dois em cada dez contactos feitos desde o início do ano para a Linha SOS Professor relataram agressões físicas e mais de metade agressão verbal, apesar de uma redução significativa do número de chamadas, informou a Associação Nacional de Professores.

Entre 11 de Setembro de 2008 e 28 de Fevereiro deste ano, a Linha SOS Professor recebeu 33 chamadas, em relação às 124 registadas entre 11 de Setembro de 2007 e 28 de Fevereiro de 2008.

“A nossa convicção é que a grande maioria das situações já começa a ser resolvida ao nível das escolas”, interpretou João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores. Os “conselhos executivos estão mais atentos e têm hoje uma resposta muito mais pronta e adequada”, acrescentou.

Das chamadas recebidas, sete professores (21 por cento) relataram agressões físicas e 19 agressões verbais (57,7 por cento). No ano passado, estes valores foram de 30,6 e 52,4 respectivamente.

Episódios de maus relacionamentos (27 por cento) e situações de indisciplina (18 por cento) completam as quatro ocorrências mais denunciadas pelos docentes.

Apenas três professores (nove por cento) apresentaram queixa na PSP ou GNR; contactar o conselho executivo ou o director de turma foi a primeira diligência de 16 professores (48 por cento). “A grande maioria dos professores ainda tem receio de apresentar queixa junto das autoridades”, disse João Grancho.

Lisboa e Porto continuam a ser os distritos onde se registaram mais casos, com 36 e 18 por cento, respectivamente, seguidos de Leiria, com nove por cento.

Os 33 professores que contactaram a Linha SOS Professor desde o arranque do ano lectivo são maioritariamente do sexo feminino (72 por cento) e têm entre 40 e 49 anos (33 por cento).

No total, por nível de ensino, registaram-se mais relatos no ensino secundário e terceiro ciclo, nove por cento em cada.

Esta Linha (808.96.2006) é promovida pela Associação Nacional de Professores em parceria com a Universidade Lusófona e a Liberty Seguros, prestando apoio psicológico, jurídico e de mediação de conflitos, entre outros.

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