sábado, 7 de março de 2009

Eu sou do tempo em que no Ministério da Educação praticamente não se falava e escrevia em português...

Paulo Portas acusa Margarida Moreira
Educação: Directora regional não sabe escrever
07 Março 2009 - 18h34

Paulo Portas acusou este sábado a directora regional de Educação do Norte de não saber escrever, dando como exemplo um e-mail enviado por Margarida Moreira. Para o líder do CDS-PP, este trata-se de mais um caso a juntar-se aos erros de português do portátil Magalhães.

“Ainda bem que foram denunciados (os erros de português do Magalhães) e só podem ser rapidamente corrigidos mas já se vai tornando prática habitual, eu chamo a vossa atenção para um e-mail da senhora directora regional da Educação, de 17 Fevereiro, recomendo-vos a leitura e digam-me se tem alguma coisa a ver com a língua de Luís de Camões”, afirmou hoje Paulo Portas.

“Quando uma directora regional que tem a obrigação de se relacionar com milhares de escolas, que tem a tutela de dezenas de milhares de professores não sabe escrever português, como se pode pedir depois aos jovens que saibam escrever, ler e entender correctamente a língua de Camões”, questionou Paulo Portas.

O líder dos democratas-cristãos referia-se a um e-mail enviado por Margarida Moreira à presidente do conselho executivo agrupamento de escolas Território Educativo de Coura, no qual a directora regional escreve: “Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável, acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola, dos professores, dos alunos e de toda uma população que muito tem orgulhado o nosso país pela valorização que à escola tem dado”.

Notícia do Correio da Manhã


Ministério manda retirar jogos
'Magalhães' com erros de Português
07 Março 2009 - 13h20


Os jogos instalados no computador ‘Magalhães’ estão repletos de erros ortográficos, palavras inventadas, frases mal construídas e gralhas que impossibilitam a compreensão do ‘bom português’. A denúncia foi feita pelo deputado independente José Paulo Carvalho, que após a constatação dos erros, entregou um requerimento na Assembleia da República, questionando a ministra da Educação sobre os erros.

Nas instruções dos jogos ‘educativos’ são abundantes as palavras sem acento (“historia”, “sitio”) ou palavras com acentos onde não deviam (“básicamente”) e os verbos mal conjugados, como é o caso da frase: “neste processador podes escrever o texto que quiseres, gravar-lo e continuar-lo mais tarde”.

Desde 23 de Setembro de 2008 o portátil já foi entregue a mais de 200 mil crianças (150 mil ainda esperam por um exemplar) e oferecido aos chefes de Estado dos 22 países presentes na última cimeira Ibero-americana.

Confrontado com a situação, o Ministério da Educação vai solicitar a todas as escolas que o software seja retirado dos computadores, assim como pediu à JP Sá Couto, a empresa fabricante, que as próximas edições dos portáteis não incluam estes jogos. Em relação aos computadores já distribuídos, a Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular concebeu um manual de instruções que permitirá a desinstalação de imediato.

Segundo Teresa Evaristo, subdirectora da DGIDC, organismo do ME responsável pela análise do software, a preocupação recaiu na análise do “interesse educativo, se são adequados à idade, programa e currículo”. “Tivemos a preocupação de ver os menus iniciais deste programa, mas não vimos as instruções (onde estão os erros)”, referiu.

O secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, mostrou-se surpreendido com os erros no ‘Magalhães’. No entanto, garantiu que “não é pelo facto de um programa de jogo didáctico ter erros, que diminui, em alguma coisa, a utilidade e a importância do projecto do computador ‘Magalhães’”.


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