terça-feira, 24 de março de 2009

Ministério da Propaganda e da Mentira

Alunos do CEF sentem-se enganados por Ministério

Quando se inscreveram, há dois anos, nos cursos de Educação e Formação (CEF), os cerca de 50 mil alunos afirmam que receberam a garantia de que teriam as mesmas condições que os estudantes dos cursos regulares para fazerem o exame nacional de acesso à universidade. O problema é que os alunos do CEF descobriram que as matérias que dão, nada têm nada a ver com o exame nacional.


O número de alunos dos CEF que vão seguir para a universidade é ainda indefinido porque vão ser submetidos a exames nacionais com matérias que nunca deram e contrariando o que lhes foi dito inicialmente.

As queixas seguem para os Conselhos Executivos, que garantem que nunca deram essa informação.

«Vamos para os exames com matérias que nunca demos e vamos ter que estudar sozinhos», refere uma aluna do CEF.

Também os professores consideram que a escolha dos (SIC) contéudos programáticos não foram os mais acertados.

«Há uma falta de adequação dos (SIC) contéudos programáticos para alunos que queiram candidatar-se à universidade. Especificamente em relação à disciplina de Matemática não há compatibilidade entre o ensino do CEF e o que lhes vai ser exigido no exame»

A professora sublinha ainda que dificilmente os alunos que se submeterem ao exame de acesso à universidade vão conseguir ter êxito.

No entanto, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, desvaloriza esta preocupação referindo que «o professor não está lá para ser explicador dos alunos para os exames».

Valter Lemos recusa ainda responsabilidades e garante que as escolas sabiam que estes cursos tinham regras diferentes e deviam ter avisado os alunos.

«Um aluno que vai fazer por exemplo um CEF em hotelaria, que existe para formar um técnico de hotelaria, o que deve ser ensinado nesse curso é o que é preciso ser aprendido para ser um técnico de hotelaria», exemplificou.

«No final desse curso, o aluno quer candidatar-se ao ensino superior. Vê quais os requisitos que a universidade pede, tal e qual como outro aluno», concluiu.

Deste modo, as alternativas para estes alunos são arriscar fazer um exame com matérias que nunca leccionaram ou regressar ao 11º ano.


NOTA: a notícia tem uns erritos ortográficos porque foi escrita num Magalhães.

3 comentários:

Anónimo disse...

professor da rede estadual de minas gerais trabalho com portadores de ensino especiais sem saber como rege a lei que assegura também o professor

Fernando disse...

Matéria direta e bem explicada! Parabens!

Adriana disse...

Os alunos até PODEM ter alguma razão, mas pensem bem nisto: na minha escola, não sei de nenhum aluno do CEF que não seja um preguiçoso armante com o sonho de se tornar jogador de futebol (se for rapaz) ou de poder pintar as unhas e vestir roupa de marca para sempre (se for rapariga). O Governo não faz um trabalho propriamente bom, mas também não me estou a ver a concordar com os alunos do CEF.