Escola terá de fazer o desfile pelas ruas
DREN contraria Conselho Pedagógico de Paredes de Coura na polémica sobre desfile de Carnaval
19.02.2009 - 18h52 Graça Barbosa Ribeiro
A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) contrariou hoje uma decisão do Conselho Pedagógico do Agrupamento de Escolas de Paredes de Coura – que decidira fazer a festa de Carnaval dentro do estabelecimento – e ordenou ao Conselho Executivo que convoque os professores para fazerem o desfile pelas ruas, amanhã à tarde.
“Tenho ordens para não falar, mas é impossível não reagir a esta desautorização da tutela em relação a uma decisão tomada em Conselho Pedagógico”, protestou a presidente do Conselho Executivo, Cecília Terleira, quando contactada pelo PÚBLICO.
Ontem à noite, os professores decidiram que, se após as explicações, a DREN mantivesse a ordem anteriormente dada através de correio electrónico, aceitariam participar no desfile, sob protesto, para não correrem o risco de ver demitida a presidente do Conselho Executivo. “Vou fazer a convocatória, como foi acertado com os professores que, numa reunião marcada para hoje, poderão decidir manifestar, de alguma forma, o seu descontentamento”, disse Cecília Terleira.
A presidente do CE, que comentou que “os professores e os elementos dos órgãos de gestão da escola “estão em estado de choque com a falta de respeito da tutela por uma decisão tomada nos órgãos próprios”, sublinhou que o critério para o cancelamento do cortejo e de outras actividades foi suspender “apenas aquelas que não prejudicassem a aprendizagem dos alunos”.
Alegando falta de tempo – devido aos processos de eleição do Conselho Geral e do director e ao processo de avaliação – o Conselho Pedagógico decidiu terça-feira suspender algumas das 164 iniciativas que faziam parte dos planos de actividades. “Foram escolhidas apenas aquelas que não eram essenciais à aprendizagem e que, para além disso, eram promovidas fora do horário lectivo e não lectivo dos professores”, explicou Cecília Terleira. Entre elas estava o cortejo de carnaval dos cerca de 400 alunos do pré-escolar e 1º ciclo do Ensino Básico que, decidiram os professores, festejariam o Carnaval mascarando-se e brincando nos respectivos estabelecimentos de ensino.
A decisão mereceu a imediata crítica da Câmara Municipal, de maioria socialista, e também da Associação de Pais, cujo presidente, Eduardo Bastos, disse ontem à noite à Lusa já ter “a informação, embora oficiosa”, de que iria “mesmo haver desfile”.
O PÚBLICO tentou obter uma reacção do Ministério da Educação, mas sem êxito.
DREN contraria Conselho Pedagógico de Paredes de Coura na polémica sobre desfile de Carnaval
19.02.2009 - 18h52 Graça Barbosa Ribeiro
A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) contrariou hoje uma decisão do Conselho Pedagógico do Agrupamento de Escolas de Paredes de Coura – que decidira fazer a festa de Carnaval dentro do estabelecimento – e ordenou ao Conselho Executivo que convoque os professores para fazerem o desfile pelas ruas, amanhã à tarde.
“Tenho ordens para não falar, mas é impossível não reagir a esta desautorização da tutela em relação a uma decisão tomada em Conselho Pedagógico”, protestou a presidente do Conselho Executivo, Cecília Terleira, quando contactada pelo PÚBLICO.
Ontem à noite, os professores decidiram que, se após as explicações, a DREN mantivesse a ordem anteriormente dada através de correio electrónico, aceitariam participar no desfile, sob protesto, para não correrem o risco de ver demitida a presidente do Conselho Executivo. “Vou fazer a convocatória, como foi acertado com os professores que, numa reunião marcada para hoje, poderão decidir manifestar, de alguma forma, o seu descontentamento”, disse Cecília Terleira.
A presidente do CE, que comentou que “os professores e os elementos dos órgãos de gestão da escola “estão em estado de choque com a falta de respeito da tutela por uma decisão tomada nos órgãos próprios”, sublinhou que o critério para o cancelamento do cortejo e de outras actividades foi suspender “apenas aquelas que não prejudicassem a aprendizagem dos alunos”.
Alegando falta de tempo – devido aos processos de eleição do Conselho Geral e do director e ao processo de avaliação – o Conselho Pedagógico decidiu terça-feira suspender algumas das 164 iniciativas que faziam parte dos planos de actividades. “Foram escolhidas apenas aquelas que não eram essenciais à aprendizagem e que, para além disso, eram promovidas fora do horário lectivo e não lectivo dos professores”, explicou Cecília Terleira. Entre elas estava o cortejo de carnaval dos cerca de 400 alunos do pré-escolar e 1º ciclo do Ensino Básico que, decidiram os professores, festejariam o Carnaval mascarando-se e brincando nos respectivos estabelecimentos de ensino.
A decisão mereceu a imediata crítica da Câmara Municipal, de maioria socialista, e também da Associação de Pais, cujo presidente, Eduardo Bastos, disse ontem à noite à Lusa já ter “a informação, embora oficiosa”, de que iria “mesmo haver desfile”.
O PÚBLICO tentou obter uma reacção do Ministério da Educação, mas sem êxito.
1 comentário:
SÓ FALTAVA ESTA... QUEREM AVALIAR OS PROFESSORES PELOS RESULTADOS E DEPOIS ACEITAM QUE SE OBRIGUEM OS PROFESSORES A PARTICIPAR NESTA PALHAÇADA...? POR MIM, PODERIA IR PARA A PRISÃO... MAS PALHAÇADA. PAIS QUE SE COMPORTAM ASSIM ESCREVENDO E CRITICANDO SÃO SOS MESMOS QUE DEPOIS CULPAM OS PROFESSORES PELOS RESULTADOS DOS SEUS FILHOS E APOIAM A MINISTRA NOS INSULTOS QUE SISTEMATICAMENTE LHES FAZEM. Todavia, o contributo QUE MUITOS PAIZINHOS DÃO À ESCOLA no sentido de resolver os problemas reais É APENAS: INSULTAR E MALTRATAR OS PROFESSORES. A DIRECTORA REGIONAL DEVERIA PAUTAR A SUA CONDUTA POR PRINCÍPIOS DE DIGNIDADE. ESTA ATITUDE PIDESCA (FISCAIS PARA CONFIRMAR SE HÁ OU NÃO DESFILE) É, mínimo, VERGONHOSA. NÃO VOTO PS! OS PROFESSORES NÃO SÃO OBRIGADOS A REALIZAR ACTIVIDADES FORA DOS MUROS DA ESCOLA! Compreendem-se que VIAGENS PARA VISITA DE ESTUDO podem ser fundamentais para a aprendizagem... AGORA DESFILES? SÃO IMPORTANTES PARA QUÊ? PARA O LAZER? OS PAIZINHOS QUE OS LEVEM À MEALHADA OU A OVAR. A DISPONIBILIDADE MENTAL DOS PROFESSORES JÁ A TEM ESGOTADA. E É O QUE O GOVERNO QUER. UM POVO QUANTO MAIS BURRO MAIS FÁCIL É DE GOVERNAR. Porque.. "Em Terra de cegos quem tem olho é Rei".
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