Reacção às declarações de Maria de Lurdes Rodrigues no Parlamento
Sindicatos apelam a reunião com ministra em que "tudo esteja em negociação"
04.12.2008 - 20h28 Lusa
Os sindicatos dos professores desafiaram hoje a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, a convocar o mais cedo possível uma reunião em que "tudo esteja em discussão”, desde o modelo de avaliação dos professores ao estatuto da carreira docente.
O porta-voz da Plataforma Sindical da Educação, Mário Nogueira, falava durante uma vigília de professores frente ao Ministério da Educação e já depois de a ministra ter admitido no Parlamento estar disponível para alterar e até a substituir o actual modelo de avaliação dos docentes no próximo ano lectivo, desde que seja aplicado já este ano.
"Uma vez iniciada este ano uma avaliação séria dos professores, estarei totalmente aberta à discussão de alterações a este modelo e até à sua substituição, mas em anos seguintes, não neste", disse a titular da pasta da Educação, durante um debate de urgência sobre a avaliação de desempenho dos docentes pedido pelo Bloco de Esquerda.
Apesar daquilo que considera ser uma abertura da ministra na sequência da greve "histórica" dos professores de ontem, Mário Nogueira advertiu que "a luta não vai acabar" e que a classe "quer negociar tudo", sublinhando que "substituir" o modelo de avaliação implica rever o estatuto da carreira docente.
Pedido de negociação da simplificação fora de questão
"O Governo pode dizer qual é a sua proposta, mas tem de ouvir também a proposta dos sindicatos", acentuou o porta-voz da Plataforma Sindical, que rejeitou a sugestão do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, de haver um pedido de negociação suplementar das alterações ao modelo de avaliação dos professores, propostas pelo Governo há duas semanas com vista à simplificação do processo.
Segundo Mário Nogueira, na negociação suplementar "não há propostas alternativas" e os professores querem que haja uma "negociação aberta". O dirigente sindical referiu que, no entanto, os professores registaram os "sinais" dados hoje pelo Governo e que estão disponíveis para que haja uma substituição do modelo de avaliação. "Os professores também querem a negociação", enfatizou Mário Nogueira.
"Apelamos [a que a ministra da Educação] esteja disponível rapidamente, se possível para a próxima semana, por forma a clarificar esse conceito de substituição de que falou na Assembleia da República", afirmou. "Antes da greve com a dimensão da de ontem, a ministra não falava da substituição do modelo de avaliação. Quer dizer que algum resultado já está a ter", disse o também secretário-geral da Federação Nacional dos Professores.
Durante a vigília, que arrancou hoje de manhã e termina amanhã à noite, houve intervenções de deputados das diversas bancadas parlamentares, com excepção da do PS, tendo António Filipe (PCP), Heloísa Apolónia (Os Verdes), Alda Macedo (Bloco de Esquerda), Emídio Guerreiro (PSD) e José Paulo Carvalho (CDS-PP) manifestado solidariedade com a luta dos professores e criticado, sobretudo, a "teimosia" e a "arrogância" do Governo na questão da avaliação.
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Sindicatos apelam a reunião com ministra em que "tudo esteja em negociação"
04.12.2008 - 20h28 Lusa
Os sindicatos dos professores desafiaram hoje a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, a convocar o mais cedo possível uma reunião em que "tudo esteja em discussão”, desde o modelo de avaliação dos professores ao estatuto da carreira docente.
O porta-voz da Plataforma Sindical da Educação, Mário Nogueira, falava durante uma vigília de professores frente ao Ministério da Educação e já depois de a ministra ter admitido no Parlamento estar disponível para alterar e até a substituir o actual modelo de avaliação dos docentes no próximo ano lectivo, desde que seja aplicado já este ano.
"Uma vez iniciada este ano uma avaliação séria dos professores, estarei totalmente aberta à discussão de alterações a este modelo e até à sua substituição, mas em anos seguintes, não neste", disse a titular da pasta da Educação, durante um debate de urgência sobre a avaliação de desempenho dos docentes pedido pelo Bloco de Esquerda.
Apesar daquilo que considera ser uma abertura da ministra na sequência da greve "histórica" dos professores de ontem, Mário Nogueira advertiu que "a luta não vai acabar" e que a classe "quer negociar tudo", sublinhando que "substituir" o modelo de avaliação implica rever o estatuto da carreira docente.
Pedido de negociação da simplificação fora de questão
"O Governo pode dizer qual é a sua proposta, mas tem de ouvir também a proposta dos sindicatos", acentuou o porta-voz da Plataforma Sindical, que rejeitou a sugestão do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, de haver um pedido de negociação suplementar das alterações ao modelo de avaliação dos professores, propostas pelo Governo há duas semanas com vista à simplificação do processo.
Segundo Mário Nogueira, na negociação suplementar "não há propostas alternativas" e os professores querem que haja uma "negociação aberta". O dirigente sindical referiu que, no entanto, os professores registaram os "sinais" dados hoje pelo Governo e que estão disponíveis para que haja uma substituição do modelo de avaliação. "Os professores também querem a negociação", enfatizou Mário Nogueira.
"Apelamos [a que a ministra da Educação] esteja disponível rapidamente, se possível para a próxima semana, por forma a clarificar esse conceito de substituição de que falou na Assembleia da República", afirmou. "Antes da greve com a dimensão da de ontem, a ministra não falava da substituição do modelo de avaliação. Quer dizer que algum resultado já está a ter", disse o também secretário-geral da Federação Nacional dos Professores.
Durante a vigília, que arrancou hoje de manhã e termina amanhã à noite, houve intervenções de deputados das diversas bancadas parlamentares, com excepção da do PS, tendo António Filipe (PCP), Heloísa Apolónia (Os Verdes), Alda Macedo (Bloco de Esquerda), Emídio Guerreiro (PSD) e José Paulo Carvalho (CDS-PP) manifestado solidariedade com a luta dos professores e criticado, sobretudo, a "teimosia" e a "arrogância" do Governo na questão da avaliação.
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