Bardamerda, sr. Lello
Sexta-feira, 5 de Dezembro, RTPN, debate sobre política geral com a presença num painel constituído pelos partidos com representação parlamentar do dirigente socialista José Lello.
O tema principal era a Avaliação de Desempenho dos Professores.
José Lello, às tantas, não se conteve e não conseguindo expurgar o fel que lhe roía os fígados, refere-se, por várias vezes, aos professores com expressões como “Esta gente…”, “É a esta gente que faz greves e sai para a rua a quem os portugueses confiam os seus filhos…”. O tom de voz, colérico, não escondia o desprezo, ao jeito do seu colega que quando em situação informal se refere aos professores como “professorzecos”, e lamentava que ainda haja “gente dessa” que não saiba apreciar as qualidades e virtudes do governo e ouse, e se atreva, a não seguir “carneiristicamente” os ditames e os preclaros esclarecimentos que vêm das cúpulas partidárias e governamentais.
Esteve bem Rui Sá quando lhe retorquiu ficar admirado perante alguém que tendo-se batido pela democracia pretendesse agora passar a mensagem de pôr em causa o direito de todo um grupo profissional em fazer greve, em se manifestar, em se bater através de formas legítimas por aquilo que acredita ser uma causa justa. Mais acrescentou que ele, Rui Sá, não se importa de confiar os seus filhos a estes mesmos professores que fazem greve porque aprenderão, certamente, a ser cidadãos activos e críticos de pleno direito.
Deu Rui Sá uma bofetada de luva branca em José Lello.
Eu, pela parte que me toca, senti-me insultado, aviltado, pela arrogância e pela malevolência do José Lello.
Quem julga José Lello que é?
Como não sou diplomata como Rui Sá, como não me sinto obrigado a ser educado para quem gratuita e altivamente me insulta, como não gosto de hipocrisias, digo o que me vai na alma:
Bardamerda, Sr. Lello.
Director-geral
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