Aos nossos leitores desejamos um excelente Ano Novo (ainda bem que para o ano há 3 eleições...) e que a crise não os apanhe verdadeiramente...
Mas, agora mais a sério, é com poesia que achamos que se deve começar o ano:
Crepúsculo
Também os deuses dormem.
E são então montanhas de penumbra
Sem resplendor.
Lassas, as fragas, os divinos ossos,
Baços os horizontes, os sentidos,
- Todo o corpo parece
Uma grande fogueira que arrefece
Por dentro do volume dos vestidos.
Miguel Torga - Diário IV (Marão, 1 de Janeiro de 1948)
Mas, agora mais a sério, é com poesia que achamos que se deve começar o ano:
Crepúsculo
Também os deuses dormem.
E são então montanhas de penumbra
Sem resplendor.
Lassas, as fragas, os divinos ossos,
Baços os horizontes, os sentidos,
- Todo o corpo parece
Uma grande fogueira que arrefece
Por dentro do volume dos vestidos.
Miguel Torga - Diário IV (Marão, 1 de Janeiro de 1948)
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