Em Defesa da Escola Pública e da Dignidade da Docência

sábado, 31 de maio de 2008

Bem dizia a Ministra da Educação - nada de chumbos...

Estudo norte-americano
Crianças expostas a chumbo podem ser adultos mais violentos
30.05.2008 - 19h59 PÚBLICO

Cientistas norte-americanos concluíram que as crianças expostas a grandes quantidades de chumbo podem ser adultos mais violentos. O estudo foi publicado hoje na página online da revista "Plos Medicine" e é o resultado de uma investigação com quase 30 anos.

A investigação foi feita no estado do Ohio em bairros pobres da cidade de Cincinnati. Escolheram-se estes bairros porque tinham casas antigas com concentrações altas de chumbo.

Entre 1979 e 1984 foram feitas análises de sangue a mais de três centenas de recém-nascidos para medir a concentração do metal. As crianças foram seguidas até aos seis anos e meio, com análises regulares. Depois de atingirem os 18 anos obtiveram-se os registos de detenção de 250 indivíduos.

"O aumento dos níveis de chumbo no sangue antes do nascimento e durante a pequena infância estão associados a mais processos judiciais e crimes violentos", informa no trabalho a equipa de investigadores liderada por Kim Dietrich, da Universidade de Cincinnati.

Cerca de 55 por cento dos 250 indivíduos estiveram presos. Por cada cinco microlitros por decilitro de chumbo a mais no sangue, durante a infância, a probabilidade dos indivíduos serem detidos por actos de violência aumenta em 50 por cento.

Sabe-se que o chumbo é um metal tóxico que tem um impacto no sistema nervoso durante o desenvolvimento das pessoas. A diminuição do coeficiente de inteligência, uma menor tolerância à frustração, um deficit na atenção e hiperactividade são alguns dos efeitos da substância.


in Público - ler notícia
Publicada por Fernando Martins à(s) 13:15 Sem comentários:

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Sob estes tempos, a voz do Poeta para perceber para onde vamos


Que importa perder a vida
em luta contra a traição,
se a Razão mesmo vencida,
não deixa de ser razão.

São parvos, não rias deles,
deixa-os ser, que não são sós:
Às vezes rimos daqueles,
que valem mais do que nós.

Julgando um dever cumprir,
sem descer no meu critério,
Digo verdades a rir
Aos que me mentem a sério!

António Aleixo


(Roubado ao Blog de Ramiro Marques)
Publicada por Pedro Luna à(s) 22:24 Sem comentários:
Etiquetas: Aleixo, poeta, Ramiro Marques, razão

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Encontro PROmova

Publicada por Fernando Martins à(s) 23:55 Sem comentários:

domingo, 25 de maio de 2008

Prova de aferição de Português do 6º ano ao nível do 4º ano

A prova de aferição de Língua Portuguesa do 6º ano começa com um anúncio de um cão. No texto, lê-se: "Vendo cachorro". A primeira pergunta é: "qual é a intenção de quem colocou o anúncio?" Edviges Ferreira, vice-presidente da Associação de Professores de Português afirmou que a prova foi tão simples que podia ser feita por um aluno do 4º ano.

A prova de aferição de Língua Portuguesa inclui quase só questões de escolha múltipla. Os alunos pouco têm de escrever e pouco lhes é exigido ao nível da interpretação de textos.

Ano após ano, as provas de aferição vão sendo cada vez mais fáceis. De pouco ou nada servem para testar o desempenho dos alunos. Os seus efeitos são irrelevantes. Dão imenso trabalho. Não se justifica o seu carácter universal. Talvez fosse preferível que as provas de aferição se realizassem com uma amostra representativa da população escolar dos 4º e 6º anos.


Post de Ramiro Marques in http://ramiromarques.blogspot.com/ (sublinhados nossos)
Publicada por Pedro Luna à(s) 11:44 2 comentários:
Etiquetas: aldrabices, Associação de Professores de Português, Estatísticas, Provas de aferição, Ramiro Marques

A formação contínua de professores

"É preciso estar ATENTO. Muito ATENTO…

A presente opinião vem a propósito da notícia do Jornal «O Público» publicada no dia 2 de Maio de 2008 com o título «Professores podem pedir até oito dias úteis por ano para formação» Curioso como a informação é reinterpretada e difundida em forma de notícia.

O jornal Público (para facilidade de análise comparativa, optei por colocar em minúsculas o que o jornal escreve, e em maiúsculas o que está escrito na Portaria 345/2008 de 30 de Abril) noticia:

«Os professores do ensino pré-escolar, básico e secundário podem pedir até oito dias úteis de dispensa por ano escolar para fazer formação, de acordo com uma portaria publicada hoje em Diário da República. "As dispensas podem ser concedidas até ao limite de cinco dias úteis seguidos ou oito interpolados por ano escolar", refere o diploma que regulamenta o regime jurídico da formação contínua de professores alterado no âmbito do Estatuto da Carreira Docente (ECD).» (cit. do Público)

O «diploma» tem escrito:

ARTIGO 2.º
FORMAÇÃO DE INICIATIVA DA ADMINISTRAÇÃO EDUCATIVA

1 — AS DISPENSAS PARA FORMAÇÃO DA INICIATIVA DOS SERVIÇOS CENTRAIS, REGIONAIS OU DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS OU ESCOLA NÃO AGRUPADA A QUE O DOCENTE PERTENCE SÃO CONCEDIDAS PREFERENCIALMENTE NA COMPONENTE NÃO LECTIVA DO HORÁRIO DO DOCENTE.

2 — SEM PREJUÍZO DO DISPOSTO DO NÚMERO ANTERIOR, TAIS DISPENSAS SÃO CONCEDIDAS NA COMPONENTE LECTIVA DO HORÁRIO DO DOCENTE SEMPRE QUE AS REFERIDAS ACTIVIDADES DE FORMAÇÃO NÃO POSSAM, COMPROVADAMENTE, REALIZAR -SE NA COMPONENTE NÃO LECTIVA.

3 — A FORMAÇÃO PREVISTA NO PRESENTE ARTIGO SÓ PODE SER AUTORIZADA DESDE QUE O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS OU ESCOLA NÃO AGRUPADA ASSEGURE A LECCIONAÇÃO DAS AULAS CONSTANTES DA COMPONENTE LECTIVA DO DOCENTE EM CAUSA.

ARTIGO 3.º
FORMAÇÃO DE INICIATIVA DO DOCENTE

1 — AS DISPENSAS PARA FORMAÇÃO DA INICIATIVA DO DOCENTE SÃO AUTORIZADAS APENAS DURANTE OS PERÍODOS DE INTERRUPÇÃO DA ACTIVIDADE LECTIVA.

2 — A FORMAÇÃO A QUE SE REFERE O PRESENTE ARTIGO PODE REALIZAR -SE NA COMPONENTE NÃO LECTIVA DO DOCENTE, QUANDO SEJA COMPROVADAMENTE INVIÁVEL OU INSUFICIENTE A UTILIZAÇÃO DAS INTERRUPÇÕES LECTIVAS.

3 — A FORMAÇÃO AUTORIZADA NOS TERMOS DO NÚMERO ANTERIOR PODE SER REALIZADA NAS SEGUINTES CONDIÇÕES: A) TRATANDO -SE DE EDUCADORES DE INFÂNCIA, SEM LIMITAÇÃO DE HORAS; B) TRATANDO -SE DE DOCENTES DOS 1.º, 2.º E 3.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E DO ENSINO SECUNDÁRIO, ATÉ AO LIMITE DE DEZ HORAS POR ANO ESCOLAR.
4 — A UTILIZAÇÃO DA COMPONENTE NÃO LECTIVA DO DOCENTE PARA A REALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO REFERIDA NO ARTIGO 2.º NÃO PREJUDICA O USO DESSA MESMA COMPONENTE NOS TERMOS PREVISTOS NO NÚMERO ANTERIOR.

Analisemos rapidamente esta portaria em meia dúzia de pontos:

1) Em termos práticos, como é que uma Entidade Formadora poderá compatibilizar a componente não lectiva do horário dos diferentes docentes de uma determinada área curricular, que, em regra, são de agrupamentos diferentes?
Claro que não é possível! Obviamente, a benesse fica sem efeitos práticos.

2) O que é isto da FORMAÇÃO DE INICIATIVA DA ADMINISTRAÇÃO EDUCATIVA e FORMAÇÃO DE INICIATIVA DO DOCENTE?
Então o docente já pode ter iniciativa de formação?
A formação contínua, não é toda ela, da iniciativa de Entidades Formadoras creditadas? Então, se a iniciativa for da administração educativa as dispensas já podem ser «concedidas na componente lectiva do horário do docente sempre que as referidas actividades de formação não possam, comprovadamente, realizar -se na componente não lectiva»?
Porquê?

3) De que forma é que o docente comprova que «sempre que as referidas actividades de formação não possam, comprovadamente, realizar -se na componente não lectiva»?
É a entidade formadora é que tem que comprovar que não pode realizar a formação na componente não lectiva do professor x da escola y? Este comprovativo é a multiplicar por vinte formandos de diferentes escolas? E depois, multiplica-se estes vinte comprovativos por formandos por quinze ou vinte acções de formação?
Lá se vai mais uma benesse!

4) Todos sabemos que um agrupamento raramente tem número suficiente de docentes numa determinada área curricular (por exemplo, Educação Física) para organizar «actividades de formação que incidam sobre conteúdos de natureza científico-didáctica relacionadas com as áreas curriculares leccionadas». Por isso, terão que, imperativamente, recorrer a formação de Entidades Externas (por exemplo, Associações Profissionais ou Universidades).
Cá esta a «formação de iniciativa do docente». Malandrice…, porque a esmagadora oferta de formação nas áreas da especialidade são de estas instituições.
Esta benesse é simpática. Tem é que se «ver» sempre o outro lado do espelho!

5) A FORMAÇÃO DA INICIATIVA (…) DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS OU ESCOLA NÃO AGRUPADA não está condicionada ao Centro de Formação da Associação de Escolas (CFAE) a que pertence? E se os professores de um determinado agrupamento que teve uma determinada iniciativa de formação tiver o «azar» da sua proposta não ser acolhida pelo CFAE a que pertence? Lá terá que o Docente ir buscar formação da sua iniciativa….
Uma vez mais o legislador estava distraído com as benesses.

6) Como é que se faz com o «TRATANDO -SE DE DOCENTES DOS 1.º, 2.º E 3.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E DO ENSINO SECUNDÁRIO, ATÉ AO LIMITE DE DEZ HORAS POR ANO ESCOLAR.»? Todos sabemos que as acções de formação têm, no mínimo, quinze horas de formação (0,6 créditos nos cursos de formação) e que, na generalidade, têm vinte e cinco horas de formação (1 crédito nos cursos de formação).
O que se faz com dez horas de formação em termos de formação contínua?
Caramba! Mais uma benesse por água abaixo…

TUDO ISTO É TRISTE, TUDO ISTO É FADO…"

Carlos Fernando Borges de Matos Esculcas
Professor


Post in Blog O Cantinho da Educação.
Publicada por Pedro Luna à(s) 11:38 Sem comentários:
Etiquetas: Formação Contínua, mentiras, O Cantinho da Educação, Público

Chumbar é retrógrado?

Citemos, com a devida vénia, este post do Blog De Rerum Natura, de 15.05.2008, que transcreve texto de um ilustre senhor publicado num jornal diário nacional de referência:


Sobre o "fim dos chumbos", transcrevemos excerto de um texto de opinião de Santana Castilho publicado no "Público" de ontem:

"A propósito da recente conferência internacional sobre o ensino da Matemática, ocorrida em Lisboa no quadro do PAM (Plano de Acção para a Matemática), a inefável ministra veio dizer que o insucesso escolar custa ao Estado 600 milhões de euros. Mas não disse como chegou a esse número. Tendo por referência os 7093,8 milhões de euros que constituem a totalidade da dotação do seu ministério, dificilmente se aceita tal valor como razoável. Mas lá que serve para defender o fim dos chumbos (não me admirarei se o vir decretado a breve trecho) serve. Da torrente de declarações públicas em que a ministra tem sido pródiga após o "entendimento", duas são autênticas pérolas: "facilitismo é chumbar, rigor e exigência é trabalho" e "os chumbos são um mecanismo retrógrado, antigo". Subjacente a esta demagogia está, mais uma vez, uma acusação implícita aos professores que chumbam os seus alunos. Qual é o modernismo que a ministra opõe ao que qualifica de retrógrado e antigo? Entendamo-nos: a missão da escola é ensinar a todos os alunos que a demandam aquilo que está previsto. Mas a sua responsabilidade também é certificar, para utilização da sociedade, o conhecimento que os jovens aí adquirem. Dizer que o possuem sem o terem é uma fraude. Ora o discurso demagógico e pouco claro da ministra, a este propósito, parece fazer a apologia dessa fraude. O problema de gestão educacional com que nos confrontamos é o de saber como fazer para que cresça o número dos que realmente aprendem o que é suposto aprender e não abolir os chumbos, por serem retrógrados. Muito do que politicamente este Governo tem decidido não se orientou para a maior e melhor aprendizagem dos alunos."
Publicada por Em defesa da Escola Publica à(s) 00:00 Sem comentários:
Etiquetas: chumbos, De Rerum Natura, PAM, Plano de Acção para a Matemática, Público, santana castilho

sábado, 24 de maio de 2008

Avaliação das Provas de Aferição pela SPM

A Sociedade Portuguesa de Matemática publicou um interessante parecer sobre as provas de aferição de Matemática de 4º e 6º Anos - ler aqui.

Para aguçar o apetite, uma pequena amostra:

As Provas de Aferição que hoje decorreram por todo o país constituíram, para muitos alunos, um primeiro contacto com um teste nacional, externo e normalizado. É bom que os jovens se habituem a ser testados com rigor pelo que sabem.

Infelizmente, no entanto, uma série de circunstâncias fazem com que estas provas fiquem aquém do necessário. Primeiramente, os resultados não têm efeito sobre as classificações dos alunos, ou têm-no apenas se os professores e as escolas o entenderem — por isso há sempre um factor de desinteresse associado às provas. Em segundo lugar, estes testes não têm sido construídos de forma comparável de ano para ano, pelo que não se sabe o que de facto representam os resultados globais em termos evolutivos. Não se sabe sequer o que representam as classificações obtidas pelos alunos. O ministério estabelece uma grelha de classificação, mas depois a transformação dos resultados de aplicação da grelha em classificações finais dos alunos tem sido feita com critérios que o ministério não divulga. Significa tudo isto que não se sabe de facto o que representam os resultados das provas.

Além destas limitações, as Provas de Aferição têm tido dois problemas. Em primeiro lugar, os enunciados contêm um número exagerado de questões demasiado elementares. Mesmo com estas questões, os resultados têm sido maus. Imagina-se que poderiam ser bastante piores se os enunciados fossem mais exigentes. Em segundo lugar, os enunciados têm pecado por um vício pedagógico: não se centram em questões relacionadas com os algoritmos e os conceitos básicos que os alunos deveriam dominar, mas sim em aplicações diversas, com questões em que a interpretação e a conjectura sobre os pressupostos assumem um papel excessivo.

Infelizmente, é a ultrapassada teoria da “aprendizagem em contexto” e do “ensino organizado em competências” que está a ser exageradamente aplicada, tal como está a ser exagerada a importância da “comunicação matemática”, em detrimento dos conteúdos curriculares precisos.

(...)

Em síntese, os alunos não são testados devidamente na matéria que deveriam dominar. Com o pretexto de inserir os conceitos e algoritmos em questões aplicadas, acaba por não se testar devidamente nem o domínio dos conceitos nem o domínio dos algoritmos. Um bom desempenho não parece equivalente ao domínio da matéria. Os professores que têm insistido com os seus alunos na importância do cálculo e do raciocínio não se sentem apoiados com esta prova.

Publicada por Fernando Martins à(s) 17:13 Sem comentários:
Etiquetas: aldrabices, Estatísticas, ME, Provas de aferição

Só polémico...?!?

Concurso para professor titular polémico
24.05.2008

Quase metade das reclamações visaram o Ministério da Educação

Em ano de concurso para a nova categoria de professor titular, de cujo acesso está dependente a progressão na carreira, este foi mesmo um dos assuntos que mais queixas motivaram junto do provedor de Justiça. Basta ver que, na área que respeita ao emprego público, quase metade das queixas (45 por cento) visou a actuação dos serviços e organismos do Ministério da Educação (ME). O Ministério da Saúde surge a seguir, mas com apenas 11 por cento.

A verdade é que a definição de um novo estatuto da carreira docente e a abertura do concurso extraordinário que permitiu a entrada de 32 mil professores na categoria mais alta foram dos assuntos que mais polémica causaram no sector. Em muitos casos, o "volumoso número de queixas" mereceu a concordância de Nascimento Rodrigues, que decidiu enviar um ofício à ministra da Educação, recomendando medidas para corrigir "flagrantes injustiças" originadas no concurso.

Apesar de a ministra da Educação não ter dado resposta positiva às propostas de Nascimento Rodrigues, já este ano o Tribunal Constitucional veio confirmar uma das reservas feitas então pelo provedor. A impossibilidade de os professores temporariamente dispensados da componente lectiva concorrerem a titulares foi declarada inconstitucional e a tutela vai mesmo ter de fazer um concurso extraordinário.

Mas não foram apenas professores e funcionários que se queixaram ao provedor de Justiça. Também os pais reclamaram do funcionamento do sistema educativo, em particular no que respeita à entrada dos filhos nas escolas do 1.º ciclo. A provedoria registou um aumento de dúvidas sobre os critérios de colocação dos alunos nos estabelecimentos que não conseguem dar resposta a todos os pedidos de inscrição.

O provedor não se pronunciou sobre os critérios definidos pelo ME, mas considera "inadmissível que as estruturas regionais possam aplicar de modo diverso a mesma estrutura normativa de prioritarização". A situação mereceu uma chamada de atenção de Nascimento Rodrigues, "tendo em vista a correcção de comportamento para 2008/2009".

As matérias relacionadas com o ensino superior também aumentaram muito em 2007, nomeadamente no que respeita à avaliação, recusas de apreciação de equivalências estrangeiras e acesso, com reclamações sobre o regime especial de ingresso em Medicina e os concursos para maiores de 23 anos.

in Público on-line - link não disponível
Publicada por Pedro Luna à(s) 16:57 Sem comentários:
Etiquetas: ilegalidade, inconstitucionalidade, polémico, professor, titulares

Porque será...?!?

Protestos de professores fazem disparar queixas na Provedoria de Justiça
Publicada por Pedro Luna à(s) 13:25 Sem comentários:
Etiquetas: justiça, ME, professores, Provedoria de Justiça

Talvez o dado mais dramático de que ninguém fala

Não vai demorar mais do que 10 anos para que Portugal tenha um grave défice de professores. É só olhar, compreender e fazer contas.


Envelhecimento dos docentes (ensino público e não-público, em 2002/03)

Nível de ensino

% de docentes com 50 anos de idade ou superior

Índice de envelhecimento*

Educadores de infância

8,6%

26,9%

Professores do 1º ciclo

23,3%

82,7%

Professores do 2º ciclo

27,2%

92,1%

Prof. 3ºciclo e Secundário

17,6%

52,1%

* Total de docentes com 50 ou mais anos / total de docentes com menos de 35 anos x 100 Fonte: GIASE, Doc. Set. 2005


in Blog terrar - post de José Matias Alves
Publicada por Pedro Luna à(s) 11:00 Sem comentários:
Etiquetas: envelhecimento, Estatísticas, professores

Uma tecnologia social moribunda

A euforia tem já alguns dias. Mas não posso deixar de a citar e comentar:

O número de estudantes do Ensino Secundário que frequentam cursos profissionais de nível 3 - com duração de três anos e de equivalência ao 12.º ano -, em solo continental, aumentou de 33.341 no passado ano lectivo para 44.466 no corrente ano lectivo. A subida foi de 11.125 alunos e, destes, 93% estão matriculados em estabelecimentos de ensino público. Os dados constam do estudo do Ministério da Educação (ME) relativo à frequência escolar no Ensino Secundário que, muito em breve, estará disponível no site oficial do ME. Ontem, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, participou na cerimónia de entrega de diplomas a 148 alunos da Escola Profissional da Região Alentejo (EPRAL), em Évora, cuja taxa de empregabilidade mais recente - relativa aos quatro meses seguintes à conclusão do curso - ronda os 65%. Os diplomados - do curso 2003/06 - formaram-se nas áreas de técnico auxiliar de infância, animador sócio-cultural, técnico de construção civil, de gestão, de hotelaria/restauração, de informática/ manutenção de equipamentos, de multimédia e de serviços jurídicos. Na cerimónia, Valter Lemos realçou "o crescimento sem paralelo" do ensino profissional, afirmando que em 2005/06 havia 48 turmas e são agora 500. 20 mil voltaram a estudar O estudo do ME revela ainda que o número de jovens que tinham abandonado o sistema de ensino sem terem concluído a escolaridade obrigatória e que tinham ultrapassado a idade para frequentar o ensino regular subiu de forma exponencial. Em 2005/06 estavam matriculados - no Ensino Básico - oito mil estudantes e este ano 20 mil frequentam cursos profissionalizantes de nível 2, que podem durar um ou dois anos lectivos, ficando com o 9.º ano e um diploma profissional. Graças ao programa Novas Oportunidades, financiado pelo QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional que enquadra os fundos comunitários até 2013. Uma meta que superou as previsões do ME. "Tanto o número de inscritos nos cursos de nível 3 como dos cursos de nível 2 estão acima das expectativas. Nunca consegui ser tão optimista quanto mostram os relatórios", revelou o governante ao JN, após a sessão em Évora. O retorno de 20 mil jovens ao Ensino Básico "só estava previsto para 2009", adiantou. A leitura da tutela é que, não só houve uma quebra no abandono escolar, como muitos jovens voltaram a estudar atraídos pelos cursos profissionalizantes criados nas escolas públicas, pois "a rede das escolas profissionais era insuficiente". O governante disse ainda que a taxa de abandono, no básico, chega aos 20%, sendo desejável que se alcance a taxa zero dentro de três anos. No secundário, nem um quarto dos jovens frequenta cursos profissionais e o objectivo é que, em 2010, metade os frequentem, como já acontece na maioria dos países da OCDE.

É recorrente o enunciado desta meta dos 50% a frequentar as vias técnico-profissionais (valor médio da UE). Já o Ministro Oliveira Martins a predizia, se não erro para 2008. A manipulação dos números também não deixa de ser curiosa. Lembro de memória que há 14 anos o número de alunos que frequentava o ensino profissional mais o ensino tecnológico no ensino secundário andava perto o número aqui anunciado como superando as expectativas. E que a percentagem era na altura de cerca de 33%. Para quem tem memória tudo isto é um pouco triste. Sobretudo porque é um embuste. Porque a questão chave, como insistentemente tenho referido, não se joga no terreno escolar. Joga-se no terreno do trabalho, do recrutamento dos diplomados, nas oportunidades de carreira que o mercado de emprego consegue (ou não) oferecer. E é aqui que bate o ponto. Os níveis de desemprego juvenil (que é um escândalo público), diplomados com os cursos profissionais e tecnológicos incluídos, são bem a evidência do lugar onde é preciso investir.


Post de José Matias Alves in Blog terrear
Publicada por Pedro Luna à(s) 10:43 Sem comentários:
Etiquetas: cursos profissionais, Ensino Secundário, Estatísticas

Estão verdes - não prestam...

Cartoon do Antero - original daqui..
Publicada por Fernando Martins à(s) 10:30 Sem comentários:
Etiquetas: com a verdade me enganas, Novas Oportunidades, recibos, verdes

Pois claro...

Cartoon do Antero - original daqui..
Publicada por Fernando Martins à(s) 10:26 Sem comentários:
Etiquetas: Antero, anterozóide, juro, mentiritas inocentes

Do novo Modelo de Gestão das Escolas

Do Blog terrear, de José Matias Alves, publicamos o seguinte post:

Na blogosfera, o Terrear foi talvez o espaço onde esta questão foi mais analisada (não direi debatida). Basta ver o número de posts na categoria "115" e "gestão". De entre as várias teses que defendi, retomo e destaco uma: o novo modelo pouco vai trazer de novo. Não que concorde com algumas das soluções juridicamente consagradas. Mas porque as lógicas do poder e da acção jogam-se muito mais fora da morfologia do modelo do que no modelo em si. A análise do que foi a gestão nos últimos 30 anos é elucidativa.

É, (também) por isso inútil o apelo heróico às resistências para a não participação dos professores no conselho geral. É uma batalha perdida. E que nem sequer vale a pena. Mas não há nada como esperar pela prova real da realidade.
Publicada por Em defesa da Escola Publica à(s) 10:11 Sem comentários:
Etiquetas: Conselho Geral, Gestão das Escolas, novo modelo, resistências

sexta-feira, 23 de maio de 2008

A Fábrica de Diplomas ou como melhorar estatísticas milagrosamente

Como funcionam os Centros Novas Oportunidades?

Veja como e fácil um rapaz ou rapariga de 18 anos que abandonou a escola ficar com um certificado que lhe dá equivalência ao 9º ano ou ao 12º ano. Com este expediente, Portugal corre o risco de, em breve, ganhar dois recordes: ser o país da OCDE com mais qualificações académicas e ter a maior taxa de desemprego.

Os Centros Novas Oportunidades organizam a sua intervenção de acordo com as seguintes etapas:

Acolhimento – Consiste no atendimento e na inscrição do adulto num centro, pressupondo o esclarecimento acerca das diferentes fases do processo a realizar, bem como da possibilidade de encaminhamento para ofertas educativas e formativas ou para o processo de RVCC.

Diagnóstico – Implica a realização de uma análise do perfil do adulto, com o objectivo de proceder à identificação das respostas mais adequadas, tendo em conta o diagnóstico efectuado.

Encaminhamento – Tendo em conta o diagnóstico efectuado, visa direccionar o adulto para a resposta mais adequada, que poderá consistir no desenvolvimento de percursos de educação e formação exteriores ao centro ou na realização de um processo de RVCC.
Reconhecimento de competências – Tem em vista a identificação, pelo adulto, dos saberes e das competências que adquiriu ao longo da vida, através de um conjunto de actividades, assentes na metodologia de balanço de competências e na utilização de instrumentos diversificados de avaliação. O adulto evidencia as competências adquiridas, através da construção de um Portefólio Reflexivo de Aprendizagens, de modo a permitir a validação das mesmas, tendo em conta os referenciais constantes do Catálogo Nacional de Qualificações, para efeitos do RVCC.

Validação das competências – Compreende a auto-avaliação do Portefólio Reflexivo de Aprendizagens, em articulação com a avaliação dos profissionais de reconhecimento e validação de competências e dos formadores das respectivas áreas de competências-chave.

Formação – No caso de, no decurso do processo de reconhecimento e validação de competências, terem sido identificadas necessidades de formação, pode proceder-se de duas formas. No caso de o adulto necessitar de acções de formação com uma duração superior a 50 horas, deve realizá-las em entidades formadoras exteriores ao Centros Novas Oportunidades. No caso de precisar de acções de formação até 50 horas, inclusive, estas podem ser realizadas nos centros.

Certificação das competências – Pressupõe a apresentação perante um júri de certificação, que atribui uma certificação ao adulto, no caso de lhe serem reconhecidas as competências-chave necessárias para uma determinada qualificação, em conformidade com os referenciais do Catálogo Nacional de Qualificações. Nestas circunstâncias, a certificação de competências dará origem à emissão de um certificado de qualificações, conferindo igualmente um diploma de qualificação, se o referido processo conduzir à obtenção de um nível de escolaridade.


Post de Ramiro Marques in http://ramiromarques.blogspot.com/

Publicada por Pedro Luna à(s) 13:08 Sem comentários:
Etiquetas: Estatísticas, milagres, Novas Oportunidades, Ramiro Marques

Do Medo, de Mayakovski, de Brecht e Niemöller

Republicamos aqui um post, inicialmente colocado no Blog Geopedrados, falando sobre a situação das Escolas e seus professores (em particular dos moribundos sem direito à reforma), do Medo (na sequência de um interessante texto de Manuel Alegre ) - escrito em 10 de Agosto de 2007 e hoje cada vez mais actual...


Sendo professores muitos dos responsáveis desde Blog (Geopedrados) às vezes é necessário desviar-nos dos nossos propósitos iniciais para falar de aspectos ligados com a docência e a educação em Portugal. É por isso que por vezes falamos do Ministério da Educação, da sua Ministra e das suas políticas educativas, pois afinal sentimo-las na pele e, em Democracia, é correcto que haja opiniões, debate e divergências.

Depois deste preâmbulo, queria aqui explicar aos muitos conhecidos e amigos que acham ser temeridade, neste momento que o grande Poeta Manuel Alegre definiu como tempo de medo, falar de certas coisas. Este espaço é local de liberdade (e não confundir com libertinagem - aqui não insultamos ninguém e achamos mal que se insulte os políticos, os professores ou outras pessoas, bem como as respectivas mães…). Mas concordamos com Manuel Alegre que este momento se está a tornar inquisitorial, com bufos a ouvir atrás das portas, em que se sussurra como se um qualquer polícia político nos pudesse estar a ouvir, em muito do que se pensa tem de ficar apenas para nós. E um país em que não se pode pensar é um país de zombies, de mortos-vivos, de seguidores acéfalos de Senhores Iluminados, é um país adiado.

Eu, como professor, quero que os meus alunos pensem pela sua própria cabeça e o aprendam a fazer rapidamente. Mas como o posso fazer se os exemplos que têm lhes dizem que é perigoso fazê-lo e se os professores, os jornalistas ou os funcionários públicos o não poderem fazer…? É preciso não calar, como alguns pretendem que se faça, nestes tempos em que o Ensino Público está em perigo e os professores são acossados por aqueles que os deveriam ajudar e compreender - o seu próprio Ministério… É preciso criticar o que está errado no Ensino e impedir que o ME seja o seu próprio carrasco. É preciso impedir que os professores tenham de morrer para lhes ser concedida a Reforma… É preciso denunciar os sepulcros caiados de branco que choram lágrimas de crocodilo sobre os mortos, quando foram eles próprios que levaram, pelas suas ordens, que doentes terminais tivessem de voltar à Escola e não pudessem morrer no seu lar… É preciso denunciar esta política economicista, mentirosamente disfarçada, que leva os professores a um estado de prostração e os impede de ter o prometido - o salário acordado, a reforma no momento em que as suas forças chegam ao fim e o respeito da classe pela sua tutela e pela população.

Aos vários amigos e familiares que me advertiram de que falo de mais destas coisas, o meu agradecimento pela sua preocupação. Mas, recordem-se, quem cala consente. E, para perceberem o que quero dizer, aqui ficam três poemas para perceberem melhor o contexto da desta triste época…


Vladimir Mayakovski (1893-1930)


Na primeira noite, eles aproximaram-se e colheram uma flor do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se esconderam, pisaram as flores, mataram o nosso cão.

E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles, entrou sozinho em nossa casa, roubou-nos a lua, e, conhecendo o nosso medo, arrancou-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.





Bertold Brecht (1898-1956)


Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados

Mas como tenho meu emprego

Também não me importei

Agora estão a levar-me

Mas já é tarde

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo.






Martin Niemöller (1892-1984)

Um dia vieram e levaram o meu vizinho que era judeu.

Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram outro vizinho que era comunista.

Como não sou comunista, não me incomodei.

No terceiro dia vieram e levaram o meu vizinho social-democrata.

Como não sou social-democrata não me incomodei.

Quando vieram buscar os sindicalistas não disse nada

não sou sindicalista.

Quando vieram e me levaram

já não havia ninguém para se ouvir...



Publicada por Fernando Martins à(s) 12:24 Sem comentários:
Etiquetas: Brecht, Mayakovski, medo, Niemöller

PowerPoint sobre a nossa triste situação

Circula na Internet uma apresentação em PowerPoint (anónima?) intitulada "Maiakovski", que nos solicitaram que aqui divulgássemos...

Para a obter basta clicar no seguinte LINK.
Publicada por Em defesa da Escola Publica à(s) 12:14 Sem comentários:
Etiquetas: comunistas, judeus, Maiakovski, negros, PowerPoint, professores

A Lua de Madalena

Às exploradas, maltratadas e mal-amadas professoras do meu país

Ainda a noite vai plena
Na celeste imensidão
E lá vai a Madalena
De pasta negra na mão

Leva nos lábios o sol
Ao acordar da manhã
E nos olhos de avelã
Sorriso de girassol

Madalena é professora
Ela ama a profissão

E lá vai a Madalena
Para a escola milagrar
Tem uma larga centena
De centelhas a avivar

Aninha sob o seu manto
Uma secreta ilusão
No imaginoso encanto
De um canto de Gedeão

Madalena é professora
Ela ama a profissão

E Madalena contrasta
Com o resto da multidão
Leva um ventre na pasta
Já gasta na sua mão

Uma réstia de esperança
Que o seu génio pintou
No sonho de uma criança
Que a criança nem sonhou

Madalena é professora
Ela ama a profissão

À tarde vem Madalena
Macerada e insegura
Traz máscara de tristura
No rosto estanhado em pena

Sombrio momo da alma
O belo corpo curvado
A passo descompassado
É grito na tarde calma.

Madalena é professora
Ela ama a profissão

E Madalena lá vai
Dolente e amargurada
Na lenta noite que cai
Na sua vida arrastada

Para casa lá vai ela
De pasta preta na mão
Dar-se mãe fazer-se bela
Donzela de servidão

Madalena é professora
Ela ama a profissão

E quando a lua dormente
Vai vagueando no vão
No trilho do ferro quente
Ela relê diligente
Os versos de Gedeão
E em cada peça passada
Que passa maquinalmente
Vai passando lentamente
A sua alma engelhada

Madalena é professora
Ela ama a profissão

Luís Costa - Blog Dardomeu
Publicada por Em defesa da Escola Publica à(s) 12:12 Sem comentários:
Etiquetas: Dardomeu, Luís Costa, professora

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Entrevista a Joaquim Azevedo

Joaquim Azevedo: “A educação para a autoridade é um valor que tem vindo a ser descurado”
Sara R. Oliveira 2008-05-21

Joaquim Azevedo, director da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica, considera que o Ministério da Educação não confia sistematicamente na autoridade e profissionalismo dos professores.

Joaquim Azevedo, professor catedrático e director da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica (UC), afirma que o "ovo" onde a violência germina não está apenas nas escolas, mas em toda a sociedade. O ex-secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário de um dos governos de Cavaco Silva garante que o episódio da Secundária Carolina Michaëlis não é "inédito". "A má educação choca sempre", comenta. Na sua opinião, há questões que ajudam a explicar a perda de autoridade dos professores, como a desarticulação entre escolas e famílias e o aumento da heterogeneidade das turmas. "Se os professores forem descredibilizados socialmente, como poderemos favorecer a sua autoridade nas escolas?", pergunta.

O ex-director-geral do Ministério da Educação, entre 1988 e 1992, assegura que a avaliação dos professores é incontornável. Em seu entender, o desempenho da classe docente tem de ser avaliado porque o mérito deve ser destacado e, além disso, é preciso perceber o que é essa excelência que se espera de quem tem a missão de ensinar. O docente afirma ainda que o Estatuto do Aluno deve ser revisto, por se tratar de um modelo com vários "desvios".

Professor catedrático, licenciado em História e doutorado em Ciências da Educação, considera que a política educativa em Portugal tem revelado graves problemas por várias razões. Como pensar que todas as escolas são iguais, ou se querer colocar em prática um modelo de mudança centralista ou ainda por não haver liberdade para avaliar e melhorar projectos pedagógicos diferenciados. O docente da UC adianta que é necessário investir cada vez mais na educação. "Precisamos de mais sociedade na educação, agora que há muito mais educação na sociedade portuguesa", defende.

EDUCARE.PT: A violência nas escolas está na ordem do dia. Na sua opinião, como se deve abordar este assunto?
Joaquim Azevedo: A violência na sociedade está na ordem do dia. Cresce e floresce. Como é que poderia não estar presente também nas escolas? O ovo onde ela germina não está na escola, está em toda a sociedade, nas guerras, nos media, nas relações humanas.

E: O País ficou chocado com o que se passou na Secundária Carolina Michaëlis. Como digeriu o episódio?
JA: A falta de educação familiar tem originado episódios semelhantes, há muitos anos, nas nossas escolas. Não se trata de algo inédito. Os media hoje dão uma nova repercussão a fenómenos antigos. E isso surpreende-nos. A má educação choca sempre.

E: Nos últimos anos, o professor tem vindo a perder autoridade?
JA: A educação para a autoridade, que é fruto de uma cuidada educação familiar e de um adequado desempenho das instituições sociais, constitui um valor que tem vindo a ser descurado. Muitas famílias navegam sem saber como o fazer e muitas instituições tremem no exercício dessa função. Confunde-se autoritarismo com autoridade e resvala-se com facilidade para a permissividade. O problema é matricialmente de âmbito familiar. E é aí que tem, em primeiro lugar, de ser debatido (nomeadamente também no plano da educação familiar). A perda de autoridade dos professores tem também que ver com outras questões, tais como o aumento da heterogeneidade das turmas, o regime de faltas dos alunos, a desarticulação entre escolas e famílias, a falta de uma cuidada formação inicial e de uma cuidada selecção sobre quem pode ser professor, a falta de focagem profissional dos professores em torno do núcleo da sua missão educativa específica, exigindo escolas mais complexas em termos humanos e profissionais, face a um tempo tão complexo em termos sociais.

E: Como analisa a avaliação da classe docente proposta pela tutela? Os professores estão, de facto, preparados para avaliar os seus colegas?
JA: Se não estão, devem vir a estar. Não há outra solução. Os professores, como quaisquer outros servidores públicos do Estado, têm de ser avaliados no seu desempenho profissional. O mérito tem de ser premiado, de outro modo nunca se perceberá o que é a excelência que desejamos e esperamos dos professores.

E: Fala-se que o novo Estatuto do Aluno é um pouco permissivo, concretamente no que diz respeito às faltas. Considera que a sua aplicação poderá trazer vantagens?
JA: Creio que está mal feito e que devia ser revisto, tal como tem sido sugerido por muitas escolas. Basta estar junto delas e dos seus docentes para perceber os "desvios" que o modelo encerra.

E: Tem vindo a valorizar o papel dos pais na educação. A família está preparada para cumprir com a sua função educativa?
JA: As famílias são os ninhos onde se desenvolve a educação, os pais são e serão sempre os primeiros e principais educadores. A escola coopera com os pais e não o contrário, se falamos da educação global da pessoa humana. A escola só ganha em envolver os pais, em termos de cooperação educativa, e os pais só ganham em acompanhar em casa (e na escola, uma vez ou outra) a educação escolar dos filhos. Os pais não devem ser chamados a invadir as escolas para cooperarem na educação escolar dos filhos, podem e devem fazê-lo sobretudo em casa, acompanhando com a maior atenção e dedicação os esforços escolares dos filhos. Há muita confusão instalada a propósito desta cooperação escola-famílias, muitos níveis de cooperação, etc., precisamos primeiro de precisar de que falamos quando falamos desta cooperação.

E: Há algum tempo referiu que existe uma "irracionalidade" da rede escolar a nível nacional. O que pode e deve ser alterado?
JA: A rede deve obedecer a orientações nacionais gerais, mas tem sobretudo de envolver os parceiros locais (escolas, pais, autarquias, interesses socioculturais,...) que, em função de critérios educativos, de proporcionar a todos os cidadãos oportunidades educativas e formativas, devem construir as melhores soluções locais.

E: Portugal continua com uma taxa muito baixa de frequência do Ensino Secundário. Há que repensar o que pode ser oferecido aos jovens depois de concluído o 3.º ciclo?
JA: O que havia para pensar está pensado, felizmente. É preciso agir, como se está a fazer actualmente, após dez anos de hesitações, entre 1995 e 2005. Todas as oportunidades devem ser oferecidas aos jovens, com bastante mais flexibilidade, para que todos se possam desenvolver, segundo níveis de excelência muito ajustados a cada pessoa.

E: Que análise faz da política educativa nacional? Cerca de 100 mil professores numa manifestação é sinal de que se deve mudar de rumo?
JA: O conflito é inerente à regulação social. Neste caso, foi construído um consenso, fonte deste conflito. O que me parece, de modo mais global, é que a regulação social em educação requer muito menos controlo a priori e muito mais envolvimento sociocomunitário, além de ter de se sustentar na valorização social dos docentes. Se os professores forem descredibilizados socialmente, como poderemos favorecer a sua autoridade nas escolas? Aos professores, a sociedade, todos os actores sociais devem o maior apoio (certamente crítico) e conceder a maior consideração. Se são diariamente desautorizados, como é que os adolescentes e jovens vão respeitar a sua autoridade? Há muito boa gente que se tem divertido a desautorizar os professores e as escolas, escrevendo permanentemente artigos e dando entrevistas. Há certas "modas" perversas que se pagam muito caro. Já se estão a pagar, como se tem visto e ouvido...

A política educativa em Portugal tem revelado graves problemas e isto por quatro razões:
Primeiro, porque continuamos a adoptar um modelo de mudança e de reforma que é centralista, iluminado, uniformizante, oriundo de um aparelho, mais ou menos incógnito, que toma as milhares de escolas como se fossem uma só e que vê na publicação de normas no Diário da República (sucessivamente alteradas) o principal instrumento da melhoria da educação. Resultado: mudança após mudança, as melhorias ficam muito aquém do esperado, do necessário e do possível.

Segundo, porque o aparelho do Ministério da Educação não confia sistematicamente no exercício profissional, na autoridade e no profissionalismo dos professores. Por isso, investe-se demasiado em tudo definir a priori, interessa menos o que se passa e os resultados gerados em função daquilo que realmente se passa (dão-se passos iniciais na avaliação das escolas). O clima que se gera só pode ser de desresponsabilização, de travagem da autonomia e de desincentivo ao trabalho árduo e contínuo de tantos, em ordem à melhoria gradual e responsável de cada escola.

Terceiro, porque não há liberdade para conceber, desenvolver, aplicar, avaliar e melhorar projectos pedagógicos diferenciados, por escola. Ora, todas as escolas são diferentes e a melhoria da educação só pode resultar se houver liberdade e responsabilidade, quer por parte de quem assume a direcção e a gestão das escolas quer de cada docente, desde a sala de aula até aos órgãos de regulação pedagógica.

Quarto, porque a sociedade portuguesa (pais, autarcas, empresários, interesses socio-culturais locais...) ainda investe pouco na sua educação escolar, no saber, no conhecimento. Existe hoje um novo clima de disponibilidade por parte de muitos actores sociais e esse capital tem de ser fortemente mobilizado. Precisamos de mais sociedade na educação, agora que há muito mais educação na sociedade portuguesa.


in Educare.pt - ler entrevista
Publicada por Fernando Martins à(s) 22:38 Sem comentários:
Etiquetas: autoridade, joaquim azevedo

Uns fazem a festa, os outros pagam-na...

Autarquias sem dinheiro para alargamento do Inglês
PEDRO VILELA MARQUES

Escolas de Setúbal ainda nem têm Inglês no 3.º ano
A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) questiona a capacidade de as escolas alargarem o ensino do Inglês ao 1.º e 2.º anos e reforçarem a carga horária nos 3.º e 4.º, numa medida onde o governo terá de gastar cerca de cinco milhões de euros a distribuir pelos parceiros que suportam as actividades de enriquecimento curricular (AEC). Verba que as autarquias classificam de insuficiente para pagar os encargos com professores e instalações e que acusam de não corresponder a uma actualização dos apoios financeiros anunciada pelo Ministério da Educação.

O responsável pelo sector da educação na ANMP, António José Ganhão, está ainda a apreciar o documento mas não deixa de levantar desde já reservas em relação ao alargamento do ensino do inglês ao 1.º e 2.º anos e o reforço horário nos 3.º e 4.º. "As dificuldades serão naturalmente maiores, principalmente ao nível de infraestruturas que consigam albergar estas aulas", defende António Ganhão, que acumula os cargos na ANMP com a presidência da Câmara de Benavente. O representante das autarquias revela-se particularmente preocupado com o "aumento de despesas que o alargamento vai acarretar e que tem de implicar, forçosamente, um maior investimento por parte do Ministério".

No despacho que divulga a generalização do Inglês no 1.º ciclo, a tutela tenta responder aos anseios dos municípios, ao anunciar a "actualização dos apoios financeiros a prestar às entidades promotoras das actividades extracurriculares". No entanto, o Ministério da Educação diz - num documento que se refere apenas ao ensino do Inglês - que "esta comparticipação poderá chegar até aos 262,50 euros anuais por aluno, quando os planos de actividades incluírem o Inglês, a Música e a actividade física e desportiva". De fora, fica a informação de que a tutela paga apenas 100 euros por cada estudante que frequente apenas aulas de inglês. Nestes casos, "o valor mínimo das remunerações dos professores afectos às actividades de enriquecimento curricular em horário completo não pode ser inferior ao do índice 126, da carreira dos educadores e dos professores dos ensinos básico e secundário".

Depois de feitas as contas, o Estado terá de despender cinco milhões de euros, ou seja, 100 euros por cada um dos cerca de 50 mil alunos que frequentam o 1º. ciclo. O que para António José Ganhão é insuficiente e não representa nenhuma actualização de verbas por parte do Governo. "Cem euros por aluno era o que o Ministério já pagava antes e que não chega para as autarquias contratarem professores", competência que ainda ontem o secretário de Estado Valter lemos reafirmou estar a cargo dos municípios. As declarações do governante seguiram-se às acusações da Fenprof de que o Ministério mantém os cerca de 15 000 professores envolvidos nas actividades de enriquecimento escolar "numa situação muito precária e instável".

Nalgumas autarquias ainda não foi sequer concretizada a obrigatoriedade de incluir o ensino do inglês nos 3.º e 4.º anos do 1.º ciclo, como no caso de escolas do distrito de Setúbal. Por estas razões, afigura-se como improvável a intenção do Ministério da Educação de alargar o ensino do inglês a todos os anos do 1.º ciclo já no próximo ano lectivo. "O meu filho anda no 3.º ano e nunca lhe foi sequer sugerido ter inglês", informa João Viegas, da Associação de Pais da Primária do Viso, em Setúbal. Visão diferente tem Albino Almeida, da Confap, que defende que "não se pode esperar por quem se atrasa".


in DN on-line - ler notícia
Publicada por Fernando Martins à(s) 11:24 Sem comentários:
Etiquetas: 1º Ciclo, A Educação do meu Umbigo, festa, Inglês, mentiras, municípios

Há traumas e traumas

É interessante como se definem fenómenos como «transições traumáticas» de acordo com as suas circunstâncias. Nota-se que existem um evidente refinamento da análise quando:

  • Se considera uma «transição traumática», a passagem de crianças com 10 anos do 1º para o 2º CEB, porque se rompe a relação afectiva estabelecida com o espaço único da sala de aula e um professor, passando para um espaço mais plural e para uma relação pedagógica mais diversificada. Mesmo quando isso acontece no âmbito de um mesmo agrupamento, entre escolas com algumas centenas de metros de distância e mantendo-se globalmente o mesmo grupo-turma.
  • Não se considera uma «transição traumática» a passagem de crianças de 6 anos da escola da sua pequena aldeia para uma escola maior, quantas vezes a dezenas de quilómetros de distância, implicando uma deslocação do seu espaço de vivência quotidiana durante um período que pode chegar a 10 horas, levando-a para um espaço desconhecido e forçando-a a integrar-se num grupo mais amplo e desconhecido, quantas vezes com costumes e rotinas divergentes.

Claro que muito se poderia dizer sobre esta forma de demonstrar preocupação pelo bem-estar das crianças/alunos e sobre a coerência que lhes está subjacente e que existe (a existência de um trauma e a ausência de outro têm implicações orçamentais concordantes). Assim como se poderiam repescar declarações de alguns protagonistas muito preocupados com uma das transições, mas manifestamente menos activos na prevenção da outra.

Mas isso seria pedir muito, certo?


Post de Paulo Guinote no Blog A Educação do meu Umbigo
Publicada por Fernando Martins à(s) 11:20 Sem comentários:
Etiquetas: A Educação do meu Umbigo, fusão de ciclos, Paulo Guinote, traumas

Estamos a criar um país de mariquinhas ou como a teoria dos traumatismos está a dar cabo deste povo

A ministra da Educação admite a possibilidade de fundir o 1.º e o 2.º ciclos do Ensino Básico, tal como foi preconizado pelo estudo da Comissão Nacional de Educação (CNE) que foi ontem publicamente apresentado. As associações de pais, de professores e o pediatra Mário Cordeiro aplaudem a ideia.

Apesar de Maria de Lurdes Rodrigues não se ter comprometido com "timings", o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, apontou para a próxima legislatura a eventual fusão dos 1.º e 2.º ciclos e defendeu um "razoável consenso" para a concretização da medida. Leia o resto no JN Online.

Comentário
Estamos a criar uma país de mariquinhas. Sem ofensa para os gays! Terapeutas, ex-ministros da educação, associações de pais, gurus do eduquês e dirigentes de associações de professores que não dão uma aula vai para quase um século são unânimes no aplauso à fusão dos 1º CEB e 2ºCEB. E tudo para evitar os traumatismos nas crianças. Já agora: não acham que as crianças e os jovens deviam permanecer ad eternum no jardim-de-infância? Afinal, também ficam traumatizadas quando trocam o jardim-de-infância pela escola do 1º CEB!


Post de Ramiro Marques, in http://ramiromarques.blogspot.com/
Publicada por Em defesa da Escola Publica à(s) 00:01 Sem comentários:
Etiquetas: fusão de ciclos, Ramiro Marques

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Traumas da treta e falta de verdade

Eu gostava que algum entendido, especialista nestas matérias dos traumas me explicasse como é que o ser humano cresce, se desenvolve se não passar por situações diversificadas que ponham à prova o seu sistema neurológico, emocional, etc.! Ninguém está a defender que se atirem os jovens às feras! Continua é a utilizar-se um conjunto de chavões, que muitos pais gostam de ouvir, para tornar as crianças cada vez mais indefesas, cada vez mais temerosas, cada vez menos corajosas, cada vez menos preparadas para a vida.

Quando estes jovens saem da escola e vão para o mundo do trabalho, quem é que os defende dos traumas dos patrões, dos traumas dos colegas maliciosos, invejosos, vingativos, etc.?

JMatias


Comentário

Por que razão o ME anda a tapar o Sol com uma peneira? Por que razão não diz que as políticas educativas tomadas ao longo dos últimos três anos têm como objectivo principal a redução da despesa com os salários dos professores? Se dissessem a verdade, os professores não se sentiriam tão enganados e abandonados. Digam, por favor, que o novo ECD, a criação das duas categorias de professor, as quotas, o modelo burocrático de avaliação de desempenho e o modo como foram criadas as AEC obedeceram ao único critério da redução da despesa. E digam também que a intenção de fundir o 1º CEB e o 2º CEB, criando o professor generalista para os 6 anos de escolaridade, tem a mesma intenção. Se não é assim, por que razão o Governo deixou que a Madeira e os Açores, aprovassem um ECD sem quotas e com uma única categoria de professor? Não foi apenas por serem poucos os professores da Madeira e dos Açores?

O critério da redução da despesa com os salários dos professores está presente desde o primeiro dia deste Governo. O relatório sobre a reestruturação do ECD que a ministra da educação pediu ao seu colega e mentor académico do ISCTE, João Freire, di-lo claramente. Por que será que esse relatório só existe em papel? Eu tenho um exemplar em papel. O ME faria bem em digitalizar esse relatório e colocá-lo na Internet para que a verdade seja reposta.

Post de Ramiro Marques, in http://ramiromarques.blogspot.com/
Publicada por Em defesa da Escola Publica à(s) 22:43 Sem comentários:
Etiquetas: José Matias Alves, poupança, Ramiro Marques, tretas

CONVITE

Foi-nos solicitada a divulgação da seguinte actividade:

O Movimento PROmova não se conforma com o modo como a Plataforma Sindical hipotecou a indignação dos professores e desbaratou o capital de protesto que foi possível conglutinar, enveredando por manifestações folclóricas e esvaziadas de eficácia (penosamente, também esvaídas de participação), que veicularam uma mensagem falseada de pretensa concordância dos professores com o Memorando de Entendimento.

Como estamos convictos que os professores continuam a rejeitar o essencial da política educativa deste Governo, de que o novo modelo de avaliação, entre outros aspectos, é uma peça deplorável, o Movimento convida todos os educadores de infância e professores dos ensinos básico e secundário a participarem num ENCONTRO DE PROFESSORES a realizar no dia 7 de Junho de 2008, pelas 10.00 horas, no auditório do Instituto Português da Juventude, em Vila Real (junto à Escola EB2,3 Diogo Cão), visando debater o estado actual de descontentamento da classe docente e definir as melhores estratégias de actuação, de acordo com a seguinte agenda:

1) Formas de organização e estratégias de intervenção futuras do Movimento PROmova.

1.1 Definição de um núcleo consensual de reivindicações e de ideias mobilizadoras.

1.2 Acções a concretizar no imediato e no próximo ano lectivo.


A força dos professores e a persistência da nossa luta contra a prepotência e a incompetência desta equipa ministerial depende da presença e da mobilização de todos nós.

Vamos dizer PRESENTE!


Aquele abraço solidário (com o carácter e a firmeza dos princípios),

PROmova
Publicada por Em defesa da Escola Publica à(s) 22:38 Sem comentários:
Etiquetas: 7 de Junho, luta, PROmova, Vila Real

Ainda há gente que pensa

Em respostas às declarações do secretário de Estado da Educação
Autarca de Constância alerta para desadequação dos centros escolares a eventual fusão de ciclos
21.05.2008 - 18h16 Lusa

O presidente da Câmara Municipal de Constância disse hoje ser "de bradar aos céus" a admissão da fusão dos primeiro e segundo ciclos pelo mesmo Ministério que tem aprovado e homologado a construção dos centros escolares.

António Mendes (CDU) reagia a declarações do secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, que ontem apontou para a próxima legislatura a eventual fusão dos 1º e 2º ciclos desde que assegurado um "razoável consenso" para a concretização da medida.

"Em que país vivo? Há muitos municípios com cartas educativas aprovadas e homologadas pelo Ministério da Educação, com centros escolares concebidos apenas para acolherem salas do pré-escolar e do primeiro ciclo", disse, questionando o sentido de se "gastarem milhões sem sabermos muito bem o que estamos a fazer".

O autarca afirmou não querer pôr em causa o estudo do Conselho Nacional de Educação, que aponta para a fusão dos dois primeiros ciclos do ensino básico, criando um ciclo de seis anos, defendendo que, se essa é a opção, então "é preferível suspender e avançar com projectos que prevejam essa situação".

Para António Mendes, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) "deve tomar uma posição" sobre este assunto.

António José Ganhão, presidente da Câmara Municipal de Benavente e vice-presidente da ANMP com o pelouro da Educação, sublinhou que o parecer do CNE não passa de uma recomendação que o Governo pode seguir ou não.

Contudo, a admissão dessa possibilidade pelo secretário de Estado da Educação parece revelar "não haver acordo entre as palavras e os actos", disse, pedindo "ponderação" a quem toma decisões. A eventual adopção da medida agora proposta irá mexer com todo o planeamento da rede escolar que está a ser feito, advertiu.


in Público - ler notícia

Publicada por Fernando Martins à(s) 22:28 Sem comentários:
Etiquetas: Constância, fusão de ciclos, haja juizo

Lembram-se do PU - Professor Único?

Aparece como caído do nada a notícia da 'fusão' dos 1.º e 2º ciclos (ver Público), do nada, não, mas de um estudo apresentado no Conselho Nacional de Educação, coordenado por Isabel Alarcão.

Lê-se o estudo, que por acaso está muito bem elaborado, e não vemos a expressão 'fusão' em lado algum! Este estudo, "A educação das Crianças dos 0 aos 12 anos" enuncia uma série de constrangimentos e aponta várias tentativas de solução, alicerçadas em 2 vectores:
- um currículo integrado e áreas especializadas;
- coordenação e gestão da globalidade do currículo pelo professor responsável pela turma e pela equipa de docentes.

Este 'professor responsável' é que, no entender dos autores, será o coordenador de 'professores coadjuvantes' e o garante de uma mais correcta transição dos alunos.

O estudo comporta uma lógica de gestão integrada que não prevê, de forma alguma, uma monodocência estanque, bem pelo contrário. No entanto, o Sr. Secretário de Estado Valter Lemos, famoso arauto do P.U. (Professor Único), agarrou de imediato a ideia de um estudo que ainda se encontra em fase de análise para, mui repentinamente afirmar:

As bases já estão criadas, o perfil dos professores já foi alterado de modo a que, se for preciso, estejam preparados para a mudança.

Ora aí está! Aí está tudo quanto precisava para ter um só professor...! Mas é melhor ler o estudo, ler Sr. Secretário de Estado, para aquilatar o que lá é dito e defendido para depois, sim depois e com cabeça, pensar no melhor caminho a seguir, porque muito mais traumatizante que a passagem da pluri para a monodocência será refundar tudo sem ninguém perceber nada, em particular os alunos, que sabem, sabem e sonham com o momento que darão um passo importante do seu crescimento - a entrada no 2º ciclo!

Eles, os alunos, também sabem, sabem e pensam..., e sonham com etapas, com metas que querem ultrapassar como se de conquistas de imperiosa afirmação pessoal se tratasse.


Post roubado daqui...
Publicada por Pedro Luna à(s) 16:42 Sem comentários:
Etiquetas: Conselho Nacional de Educação, Isabel Alarcão, PU, Valter Lemos

INEXPLICÁVEL...?!?

Funcionários manifestam-se contra a precariedade laboral
Ministério da Educação classificou a greve dos não-docentes como "inexplicável"
21.05.2008 - 13h25 Lusa

O Ministério da Educação (ME) garantiu hoje estar a "trabalhar" para resolver a situação dos 1500 trabalhadores não docentes que terminam o seu contrato de trabalho em Agosto, classificando de "inesperada e inexplicável" a greve convocada pelos sindicatos da Função Pública.

"São 1500 e não cinco mil os trabalhadores que terminam os contratos em Agosto" e "há vontade política para resolver a sua situação, porque fazem falta nas escolas", afirmou fonte do gabinete de imprensa do ME.

A fonte considerou que esta greve "não tem explicação aparente", uma vez que as negociações para preparar a transferência de competências para as autarquias estavam a decorrer "num espírito positivo". Por sua vez, a Federação dos Sindicatos da Função Pública "auto-excluiu-se, mas as negociações continuam com os outros sindicatos", acrescentou.

O ME não dispõe ainda de dados relativos às consequências da paralisação no funcionamento das escolas. Segundo fonte sindical, a greve está a registar uma adesão superior a 60 por cento e provocou o cancelamento total ou parcial das aulas em muitas escolas do país. Na área de Lisboa, há "pelo menos quatro escolas" onde as aulas foram canceladas devido à greve. São elas as Secundárias Passos Manuel, D. José I e do Restelo e a EB 2/3 de Telheiras.

No Grande Porto, mais de uma dúzia de escolas EB 2,3 e secundárias estão também impedidas de funcionar com normalidade. Em declarações à Lusa, Natália Carvalho, responsável pela área da Educação da Federação dos Sindicatos da Função Pública, frisou que "há muitas escolas que apesar de estarem de portas abertas não têm condições para funcionar", dando como exemplo as secundárias Garcia da Horta e Fontes Pereira de Melo, as EB 2,3 Ramalho Ortigão, Maria Lamas e Viso, no Porto, a Secundária da Senhora da Hora e Padrão da Légua, a EB 2,3, de Custóias e Lavra, em Matosinhos.

Segundo a mesma fonte, no concelho de Vila do Conde não há aulas em duas escolas EB 2,3 e em Paredes estão também sem aulas as escolas EB 2,3 de Rebordosa, Cristelo, Baltar e Lordelo. A greve e a manifestação agendada para a tarde de hoje, em Lisboa, visam protestar contra a precariedade laboral e municipalização dos estabelecimentos de ensino.

Natália Carvalho denunciou no Porto a existência de 12 mil trabalhadores não docentes em situação laboral precária e afirmou que cinco mil podem ser despedidos a 31 de Agosto. A mesma responsável manifestou-se também contra a "municipalização" das escolas por considerar que a transferência para os municípios "irá agravar ainda mais a pouca estabilidade dos trabalhadores não docentes".


in Público - ler notícia
Publicada por Pedro Luna à(s) 16:35 Sem comentários:
Etiquetas: explicável, greve, ME, trabalhadores não docentes

No comments...

Por danos não patrimoniais
Sócrates condenado a pagar 10.000 euros a jornalista do PÚBLICO
21.05.2008 - 13h01 Ricardo Dias Felner

O Tribunal da Relação de Lisboa condenou, na semana passada, o primeiro-ministro José Sócrates ao pagamento de 10.000 euros por danos não patrimoniais causados ao jornalista José António Cerejo.

Em causa está uma carta publicada no PÚBLICO, em Março de 2001, da autoria de José Sócrates, na altura ministro do Ambiente, em que este acusava José António Cerejo de ser “leviano e incompetente”, de padecer de “delírio” e de servir “propósitos estranhos à actividade de jornalista”.

O texto surgiu na sequência de um conjunto de notícias, assinadas pelo jornalista do PÚBLICO, que se referiam à forma como José Sócrates havia concedido um subsídio de um milhão de euros à associação de defesa do consumidor DECO.

José António Cerejo, que tem a categoria profissional de grande repórter, intentou uma acção contra o primeiro-ministro, pedindo a condenação do réu ao pagamento de uma indemnização de 25.000 euros, por entender que com a carta se procurou manchar, perante a opinião pública e a classe política, o seu bom nome.

José Sócrates reagiu, deduzindo pedido reconvencional, ou seja, revertendo a acusação para José António Cerejo. Esta acção acabaria por ser julgada sem fundamento na decisão proferida pelo Tribunal da Relação, com data de 15 de Maio, repetindo o entendimento já sentenciado no tribunal de primeira instância.

Por outro lado, o trio de juízes relevou como factual que a carta de José Sócrates, publicada a 1 de Março de 2001, teve “impacto junto da opinião pública” e criou “um ambiente de dúvida que afecta a credibilidade do autor [o jornalista], junto da administração pública, passando [este] a ter dificuldade em obter informações de fontes públicas”.


in Público - ler notícia
Publicada por Pedro Luna à(s) 16:33 Sem comentários:
Etiquetas: “delírio”, “leviano e incompetente”, José Sócrates, Tribunal

Em defesa das Crianças das Escolas Básicas do 1º Ciclo de Coimbra

Post publicado por Paulo Guinote no Blog A Educação do meu Umbigo:

Amigos:

Venho trazer ao vosso conhecimento um assunto que tem merecido a minha séria preocupação e pedir a vossa ajuda numa causa importante e urgente.

Não sei se sabem que a Direcção Regional de Educação do Centro e a Câmara de Coimbra estão a proceder à transferência de crianças das escolas básicas do 1º ciclo (escolas primárias) para as escolas básicas de 2º e 3º ciclos (EB 2/3, antigos ciclos preparatórios), já no próximo ano lectivo.
Trata-se de uma medida de enorme gravidade, uma vez que aquelas escolas são frequentadas por centenas de alunos (a capacidade é 600 alunos ) com idades até aos 18/20 anos, e não foram concebidas para crianças dos 6 aos 10 anos. Os pequeninos, recém-saídos do infantário, serão despejados naquelas escolas enormes, impossíveis de vigiar (até porque o Ministério da Educação está a cortar a sério no pessoal auxiliar), onde será impossível criar um espaço isolado e protegido para eles. É altíssima a probabilidade de ocorrência de situações de insegurança, violência e bullying que resultarão do convívio entre alunos de idades tão díspares, para já não falar nas dificuldades de orientação, integração e socialização que as crianças enfrentarão. Todos nós conhecemos, infelizmente, exemplos de situações de violência e bullying de alunos de 16-18 anos sobre os miúdos do 7º ano, que são actualmente os mais novos nas EB2/3. O que acontecerá com os pequenitos de 6 anos? Segundo a DREC, será a 1ª classe a ser transferida, ou seja, os mais novos.

Para mim, que tenho uma filha que acabou de completar 6 anos e vai este ano para a 1ª classe, o cenário parece aterrador!

Talvez por isso a DREC e a CMC estejam a agir no maior secretismo, sem informar os pais e encarregados de educação em plena época de matrículas. As decisões são simplesmente impostas aos agrupamentos de escolas e a DREC pouco mais propõe do que alterações no mobiliário, para além do que, ao que parece, as decisões estão a ser tomadas sem critério, alteradas e voltadas a alterar em cima do joelho e por lá ninguém se entende. As escolas pouco mais podem fazer do que aguardar as ordens.

O porquê disto tudo é evidente: favorecer os privados (da DREC já me aconselharam a matricular a minha filha no privado) e poupar dinheiro. A Carta Educativa do Concelho de Coimbra, aprovada o mês passado na Câmara e na Assembleia Municipal, apresenta as transferências de alunos das EB1 para as EB2/3 não como solução transitória para resolver problemas pontuais, mas como regra geral, de modo a evitar investimentos em novas escolas, modernas e cumprindo os requisitos mínimos. Ou seja, não bastou deixar degradar o parque escolar durante décadas. Agora, a política é fechar as primárias e despejar alunos em espaços massificados, sem condições, onde problemas gravíssimos surgirão a cada passo.

Coimbra, a chamada cidade do conhecimento, será, assim, um dos concelhos do país que piores condições de escolarização oferece às suas crianças e aos seus jovens. É uma vergonha! Tudo isto numa altura onde até há verbas do QREN para novas escolas!

Por esta razão, apelo à vossa mobilização urgente para pararmos este processo que já está em andamento.

O que podemos fazer é:

  • divulgar esta situação o mais possível, por toda a gente, mas sobretudo entre pais e encarregados de educação, para que se dirijam às escolas e às sedes de agrupamento (Alice Gouveia, Eugénio de Castro, Silva Gaio, Martim de Freitas, Inês de Castro e Pedrulha) para pedir informações e manifestar a sua recusa de uma tal solução;
  • mobilizar as associações de pais para a realização, inclusivamente, de manifestações nas escolas;
  • assinar a petição que elaborei e que está disponível em http://www.petitiononline.com/Escola1C/petition.html. Trata-se de uma iniciativa de uma cidadã, independente de quaisquer iniciativas político-partidárias, motivada tão somente pela preocupação que partilho convosco;
  • escrever para a Direcção Regional de Educação do Centro e para a Câmara Municipal de Coimbra, manifestando a recusa da transferência das crianças do 1º Ciclo para as EB2/3, usando o email ou por via postal, ou fax.

Os contactos são:

Direcção Regional de Educação do Centro
Rua General Humberto Delgado, 319
3030 - 327 COIMBRA
FAX
239402977

e-mail:
atendimento@drec.min-edu.pt


Câmara Municipal de Coimbra

Câmara Municipal de Coimbra - Praça 8 de Maio - 3000-300 Coimbra
Tel.: 239 857 500 - Fax: 239 820 114 - Linha Verde: 800 202 126
E-mail: geral@cm-coimbra.pt

ou no site http://www.cm-coimbra.pt/e-municipe/index.php


Podem usar o texto seguinte:


Exma. Senhora Directora Regional da Educação de Coimbra

Exmo. Senhor Presidente da Câmara de Coimbra e Vereador com o Pelouro da Educação

Em Defesa das Escolas do 1º Ciclo de Coimbra

Enquanto pai/ mãe/ encarregado de educação, cidadão/ã preocupado, venho por este meio manifestar o meu veemente protesto contra as medidas que estão a ser implementadas pela Direcção Regional de Educação do Centro e a Câmara Municipal de Coimbra, no sentido de transferir turmas das escolas básicas de 1º Ciclo (EB 1) da cidade de Coimbra para as escolas básicas de 2º e 3º Ciclos (EB 2/3), já no próximo ano lectivo de 2008-2009.
Este protesto resulta da mais profunda preocupação relativamente aos elevados riscos a que estarão expostas as crianças do 1º Ciclo em escolas com capacidade até 600 alunos, com idades até aos 18 anos, que não foram concebidas para alunos dos 6 aos 10 anos, apresentando, por isso, forte probabilidade de ocorrência de situações de insegurança, violência e bullying. Os espaços destas escolas são demasiado vastos e impossíveis de vigiar com os cuidados exigidos para as crianças do 1º Ciclo, em particular devido à insuficiência de Auxiliares de Acção Educativa. Dada a concepção arquitectónica das EB 2/3, será impossível criar, nestas escolas, um espaço protegido, isolado e adequado às necessidades de crianças tão pequenas. Para além dos perigos a que ficarão expostas, estas crianças enfrentarão graves dificuldades de integração e socialização no contexto escolar.
Com os melhores cumprimentos.

Esta mobilização é urgente. Eu e tantos outros pais não sabemos, nesta altura, o que vão fazer com os nossos filhos!

Obrigada a todos e a todas!

Catarina Martins

Publicada por Fernando Martins à(s) 00:16 Sem comentários:
Etiquetas: 1º Ciclo, Coimbra, EB 2/3

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Mais efeitos secundários da divisão entre titulares e professores de 2ª...

Directamente ligado ao Plano Nacional de Eliminação do Trabalho Infantil
Interrupção do Programa de Educação e Formação aumentou delinquência juvenil em Abrantes
19.05.2008 - 18h45 Lusa

A interrupção do Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) em Abrantes "fez aumentar os casos de delinquência juvenil" no concelho, disse hoje a vereadora com o pelouro da Acção Social, Isilda Jana. "Esta era uma resposta social que já tínhamos no concelho e que este ano lectivo, sem qualquer justificação satisfatória, foi interrompida com efeitos muito negativos para os jovens", afirmou.

Num universo de 60 a 70 alunos sinalizados, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, a Câmara de Abrantes, em parceria com o PIEF de Lisboa e Vale do Tejo, constituiu em 2005/06 uma primeira turma com 12 alunos e no ano seguinte conseguiu duplicar o número de turmas e de adolescentes abrangidos pelo programa.

Directamente ligado ao Plano Nacional de Eliminação do Trabalho Infantil (PETI), o PIEF pretende dar resposta a alunos que dentro da escola normal não encontram soluções para os seus problemas específicos. "São crianças com histórias de vida complicadas, com graves problemas na estrutura afectiva e familiar e que acabaram por abandonar a escola porque a eles a escola normal nada diz", explicou a vereadora.

Segundo a autarca, "a interrupção do PIEF em Abrantes foi muito má, porque as duas dúzias de alunos que já estavam em processo de integração ficaram novamente votados ao abandono". "Nós, que estamos no terreno, sentimos isso, até porque estamos a ter problemas de delinquência juvenil em alunos de PIEF interrompido", afirmou Isilda Jana.

Mais de 60 alunos sinalizados

A responsável disse já ter garantias do coordenador do PIEF de que o programa vai reaparecer em Abrantes, afirmando, no entanto, que "a autarquia vai estar atenta e exigir que o PIEF seja mesmo reaberto este ano lectivo". Temos cerca de 60 a 70 alunos sinalizados em situação de abandono ou pré-abandono escolar, provenientes das escolas da região, mas também da Comissão de Protecção a Crianças e Jovens (CPCJ) e do próprio Ministério Público", afirmou.

O coordenador do PIEF na região de Lisboa e Vale do Tejo, António Santos, afirmou hoje que "o programa vai regressar em Setembro", reconhecendo que o número de jovens sinalizados na região "é bastante significativo". Segundo António Santos, "o programa parou porque muitos professores agregados ao PIEF de Abrantes concorreram a professores titulares e nós trabalhamos com docentes que são destacados para a operacionalização" do programa.

"Hoje temos novamente as condições reunidas para formar o programa em Abrantes e, em Setembro próximo, vamos ter quatro turmas a funcionar para o concelho e municípios limítrofes, abrangendo 50 a 60 jovens", afirmou o responsável. Segundo disse, "duas turmas serão de PIEF tipo 1, para conclusão do 6º ano de escolaridade, e as outras duas turmas serão de PIEF tipo 2, que assegurará a componente educacional de jovens sinalizados maiores de 16 anos, que concluirão o 9º ano com bolsa de subsídio de formação e que terão apenas aulas práticas dentro de empresas". "Será nestas empresas que, mais tarde, estes alunos terão o seu primeiro contrato de trabalho em áreas para as quais demonstrem mais vocação e haja necessidade laboral", afirmou.


in Público, ler notícia

NOTA: Notícia com alguns erros nas siglas mas que se percebe perfeitamente...
Publicada por Fernando Martins à(s) 20:26 Sem comentários:
Etiquetas: Abrantes, PETI, PIEF, titulares
Mensagens mais recentes Mensagens antigas Página inicial
Subscrever: Mensagens (Atom)

Contacte-nos

Contacte-nos
em.defesa.da.escola.publica - at - gmail.com

Quem somos?

Em Defesa da Escola Pública e da Dignidade da Docência é um movimento de professores e de outros cidadãos que procura congregar esforços e vontades em defesa de uma Escola Pública participada e participativa, na luta pela dignidade da profissão docente e pela criação de reais condições para uma Escola Pública de sucesso.

Será que alguém do ME os ouve?

  • Adriano Moreira
  • António Barreto
  • António Brotas
  • Cavaco Silva
  • D. José Policarpo
  • Daniel Sampaio
  • Joaquim Azevedo
  • José Gil
  • João Lobo Antunes
  • Manuel Alegre
  • Mário Crespo
  • Ramiro Marques
  • Santana Castilho

"A dignidade dos professores é um valor moral fortíssimo"

  • Prof. Doutor João Lobo Antunes, Prós & Contras, RTP, 3 de Março de 2008

Ser Cidadão é exercer a Cidadania

Ser Cidadão é exercer a Cidadania
PETIÇÃO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA


Já disponível online para impressão e recolha de assinaturas em papel...!

Ser Cidadão é exercer a Cidadania!


LINK AQUI

********************

Nulidade jurídica da aprovação...

A aprovação dos instrumentos de registo pelos Conselhos Pedagógicos das escolas está ferida de nulidade jurídica pois todas as providências cautelares interpostas pelas organizações sindicais têm, de facto, efeitos suspensivos; a sua aprovação é um claro desrespeito às decisões dos Tribunais que deferiram essas providências.

Requerimento para pagamento de aulas de substituição

  • Minuta

Testemunho de uma dissidência do ME

  • "(…) Nas reuniões que eu tive com a equipa técnica do ME, defendi a criação de fichas simples, com itens objectivos, sem a obrigatoriedade da assistência a aulas... " (ver mais)

Visitas desde 14.02.2008:

Contador de acesso
Contador de acesso

Arquivo do blogue

  • ►  2009 (150)
    • ►  março (41)
    • ►  fevereiro (35)
    • ►  janeiro (74)
  • ▼  2008 (581)
    • ►  dezembro (67)
    • ►  novembro (103)
    • ►  junho (35)
    • ▼  maio (69)
      • Bem dizia a Ministra da Educação - nada de chumbos...
      • Sob estes tempos, a voz do Poeta para perceber par...
      • Encontro PROmova
      • Prova de aferição de Português do 6º ano ao nível ...
      • A formação contínua de professores
      • Chumbar é retrógrado?
      • Avaliação das Provas de Aferição pela SPM
      • Só polémico...?!?
      • Porque será...?!?
      • Talvez o dado mais dramático de que ninguém fala
      • Uma tecnologia social moribunda
      • Estão verdes - não prestam...
      • Pois claro...
      • Do novo Modelo de Gestão das Escolas
      • A Fábrica de Diplomas ou como melhorar estatística...
      • Do Medo, de Mayakovski, de Brecht e Niemöller
      • PowerPoint sobre a nossa triste situação
      • A Lua de Madalena
      • Entrevista a Joaquim Azevedo
      • Uns fazem a festa, os outros pagam-na...
      • Há traumas e traumas
      • Estamos a criar um país de mariquinhas ou como a t...
      • Traumas da treta e falta de verdade
      • CONVITE
      • Ainda há gente que pensa
      • Lembram-se do PU - Professor Único?
      • INEXPLICÁVEL...?!?
      • No comments...
      • Em defesa das Crianças das Escolas Básicas do 1º C...
      • Mais efeitos secundários da divisão entre titulare...
      • Apenas...
      • GALINHAS AO POLEIRO - post de Luís Costa (Blog Dar...
      • Com o nosso treino, se calhar é uma boa oportunida...
      • E se fossem multar para os aviões da TAP?
      • A culpa é de quem?!? Não há nada como esquecer o n...
      • Condições "Expresso"
      • Porque será...?
      • Manifestação - 17 de Maio
      • Como de costume - mais um caso meramente pontual...
      • Quadro comparativo da avaliação de desempenho dos ...
      • O Humor de Antero...!
      • Do Tempo em que (não) vivemos
      • Uma ficha incrível de avaliação dos professores pe...
      • Elencados e mal pagos
      • A vertigem do êxito
      • Ser Condor
      • Pela Blogosfera - Psitacídeo (via A Educação do me...
      • Os Empossados
      • Música alusiva à época...
      • Trabalhar para as estatísticas...
      • Página Web da IGE tem formulário para denúncias de...
      • Pode justificar-se o injustificável?
      • Como se atrevem ainda os jornais a relatar estes c...
      • Contributos de um Secretário de Estado para o Eduq...
      • Não há problema, porque a Ministra raramente vai à...
      • Ramiro Marques e a entrevista da Ministra da Educação
      • ME prepara fecho de metade dos Centros de Formação
      • Professores emigrantes
      • Carta de demissão de uma Vice-Presidente de Escola
      • E já agora ler Weber e Landes
      • Alerta sobre a avaliação dos professores
      • Inquérito sobre o trabalho dos docentes do BE
      • Tomada de posição sobre avaliação de docentes da A...
      • As contas do Antero
      • Mais de 1000 directores de escolas britânicas não ...
      • Investigadores da UA afirmam que mercado de explic...
      • Formações de Professores Avaliadores e €$£¥...
      • Mas um vítima numa Escola Pública...
      • Texto de António Barreto no Público
    • ►  abril (102)
    • ►  março (115)
    • ►  fevereiro (90)

Calendário:


Pannasmontata calendar

Horas:


Pannasmontata clock

Blogues da região

  • ao longe os barcos de flores
  • AstroLeiria
  • Campo lavrado
  • Ciências Correia Mateus
  • Corvo Dinis
  • GeoLeiria
  • Leiria - A minha Cidade
  • Leiria em Cuecas
  • XadrezLeiria

Outros blogues sobre Educação

  • (b)ecos - kosmografias
  • (Re)Flexões
  • A Educação Cor-de-Rosa
  • A Educação do meu Umbigo
  • A Professorinha
  • A Sinistra Ministra
  • ANOVIS ANOPHELIS
  • anterozóide
  • As Minhas Leituras
  • Caminhando...
  • Campo lavrado
  • Candidato a Professor
  • Cantigas do Maio
  • CRITICA DE MUSICA / CRITICA MUSICAL
  • Da crítica da Educação à Educação Crítica
  • Dardomeu
  • De Luto e em Luta
  • Defende a Profissão - Núcleo de Sintra
  • Do Portugal Profundo
  • Educar, resistindo!
  • Ensinar & Aprender
  • escola do presente
  • Escola Pública
  • Escola Revisitada
  • espaço web de paulo carvalho
  • Filosofia e Epistemologia
  • Fliscorno
  • Geopedrados
  • Horários Escolares
  • Inquietações Pedagógicas
  • João Tilly
  • Mais do mesmo
  • Meditação na Pastelaria
  • mentesdespertas
  • Movimento Democracia
  • Movimento dos Professores Revoltados
  • Movimento Mobilização e Unidade dos Professores
  • MUDAR DE VIDA NA ESPAA
  • O Cantinho da Educação
  • O Cartel
  • o estado da educação e do resto
  • O Quadro Preto
  • O Trabalho Induca e o Vinho Enstrói
  • Octávio V Gonçalves
  • outrÒÓlhar
  • Paideia: reflectir sobre educação
  • Pedro na escola
  • porquemedizem
  • ProfAvaliação
  • PSITACÍDEO
  • ramiromarques
  • Revisitar a Educação
  • Sala dos Professores
  • tempo de teia
  • TERREAR

E hoje a Lua está...

CURRENT MOON
moon info

Etiquetas

  • “delírio” (1)
  • “leviano e incompetente” (1)
  • "ter o rei na barriga" (1)
  • (500 Miles) (1)
  • (In)Disciplina (1)
  • (Re)Flexões (1)
  • 03.03.2008 (1)
  • 1 de Abril (1)
  • 10 de Janeiro (1)
  • 12 Abril (3)
  • 13 de Janeiro (1)
  • 15 de Novembro (3)
  • 15 Março (1)
  • 17 abril 2008 (1)
  • 17 de Maio (1)
  • 19 de Janeiro (8)
  • 1º Ciclo (2)
  • 2007/2008 (1)
  • 21 de Março (1)
  • 22 de Novembro (3)
  • 23 de Janeiro (1)
  • 23.02.2008 (1)
  • 25 de Abril (5)
  • 28 de Novembro (2)
  • 3 D. Pedro IV (1)
  • 3 de Dezembro (8)
  • 31 da Armada (7)
  • 3ª providência cautelar (4)
  • 6 de Novembro (2)
  • 7 de Junho (1)
  • 700 cidadãos (1)
  • 8 de Março de 2008 (20)
  • 8 de Novembro (7)
  • 96 condutas (2)
  • A Bola (1)
  • a bola é minha (1)
  • A Educação do meu Umbigo (31)
  • A formiga no carreiro (1)
  • a luta continua (5)
  • A Vidinha (1)
  • Abaixo-assinado (3)
  • Abrantes (1)
  • acesso (1)
  • acordo (5)
  • Açores (4)
  • Adelino (1)
  • adeus (1)
  • adiamento (2)
  • Adriano Moreira (2)
  • AEP (1)
  • Agostinho da Silva (1)
  • agressão (15)
  • Agrupamento de Escolas da Caranguejeira (1)
  • Agrupamento Vertical de Escolas de Azeitão (1)
  • Aires Almeida (1)
  • ajudem um secretário de estado a pôr a cabecinha em ordem (1)
  • Albert Einstein (1)
  • Alberto Pimenta (2)
  • albinices (3)
  • Albino Almeida (4)
  • Alcochete (1)
  • aldrabices (29)
  • Aleixo (1)
  • Alexandre O'Neill (1)
  • Alice Vieira (1)
  • Almocreve das Petas (1)
  • alunos (1)
  • Álvaro Feijó (1)
  • Álvaro Sílvio Teixeira (1)
  • Amarguras (1)
  • ameaças (1)
  • amianto (1)
  • Ana Benavente (4)
  • Ana Drago (2)
  • Ana Maria Bonifácio (2)
  • anarquia (1)
  • anexo (1)
  • Ano Novo (1)
  • ANP (1)
  • Antero (19)
  • anterozóide (18)
  • António Barreto (4)
  • antónio brotas (1)
  • António Costa (1)
  • António Gedeão (8)
  • António José Seguro (2)
  • António Pinto Leite (1)
  • António Ribeiro Ferreira (4)
  • antónio vitorino (2)
  • APEDE (3)
  • apelo (1)
  • apenas (1)
  • aplicação informática (6)
  • apoio (1)
  • Aposentação (1)
  • aprovação (1)
  • Armando Vara (2)
  • Arouca (1)
  • arquitectura (1)
  • Assembleia da República (9)
  • assim não brinco (1)
  • Assinatura (1)
  • Associação de Professores de Português (1)
  • Associação Nacional de Professores (4)
  • ataques (1)
  • Augusto Cid (1)
  • Augusto Santos Silva (2)
  • aulas de substituição (2)
  • auto-ajuda (1)
  • auto-censura (1)
  • autonomia (2)
  • autoridade (1)
  • Avaliação (18)
  • avaliação antiga (1)
  • avaliação de desempenho dos professores (24)
  • avaliação experimental (1)
  • avaliação professores (115)
  • avaliação simplificada (6)
  • Aveiro (2)
  • Balanços (1)
  • Banda Larga (1)
  • Bandeira (3)
  • barba e cabelo (1)
  • Barcelos (1)
  • bardamerda (1)
  • basta (1)
  • Batalha (1)
  • batota (1)
  • BE (4)
  • bem aventurados os pobres de espírito (1)
  • Bloco de Esquerda (2)
  • Blog As Minhas Leituras (1)
  • Blog terrear (5)
  • Blogosfera (1)
  • boas práticas (1)
  • Bocage (2)
  • bolsa (1)
  • bom (2)
  • Bom Senso (1)
  • Braga (2)
  • Brecht (1)
  • burocracia (1)
  • burocratas (1)
  • caça aos professores (1)
  • Calazans Duarte (1)
  • caldas da rainha (3)
  • calendário (1)
  • Camões (10)
  • campanha negra (1)
  • campo Lavrado (4)
  • cancro (1)
  • candidatura (1)
  • cansaço (1)
  • Capital Humano (1)
  • Carlos Fiolhais (1)
  • Carlos Paiva (1)
  • Carlos Pereira (1)
  • Carlos Tê (1)
  • Carnaval (3)
  • Carreira (1)
  • carta aberta (2)
  • Cartaz (2)
  • cartoon (17)
  • caso de polícia (1)
  • Castelo Branco (1)
  • Cavaco Silva (3)
  • CCAP (1)
  • CDS-PP (6)
  • Cecília Honório (2)
  • cedência (3)
  • CEF (1)
  • Célestin Freinet (1)
  • censura (5)
  • CEP (1)
  • CGT (1)
  • chantagem (6)
  • Charrua (1)
  • chefe (1)
  • cheques em branco (1)
  • Chicos Espertos (1)
  • Chile (1)
  • Choques (1)
  • chumbos (2)
  • Ciência ao Natural (1)
  • cinismo (2)
  • cívico (1)
  • clarificação (1)
  • CM (7)
  • CNE (2)
  • Coimbra (9)
  • Colmeias (1)
  • com a verdade me enganas (1)
  • comboio descendente (1)
  • Comissão de Educação e Ciência (1)
  • Comissão Parlamentar de Educação e Ciência (2)
  • comissária política (1)
  • comissários políticos (1)
  • comunistas (1)
  • Conceição (1)
  • concurso professores (1)
  • concurso titular (1)
  • condor (1)
  • CONFAP (1)
  • Conferência Episcopal Portuguesa (3)
  • congelado (1)
  • Conselho Científico de Avaliação de Professores (2)
  • Conselho de Escolas (7)
  • conselho de ministros extraordinário (1)
  • Conselho Geral (2)
  • Conselho Nacional de Educação (3)
  • conselhos executivos (7)
  • Constância (2)
  • contagem de votos (1)
  • contestação (1)
  • continuar (1)
  • contra (4)
  • contra-informação (1)
  • contra-manifestação (1)
  • contra-manifestação comício (1)
  • contratados (1)
  • controle (1)
  • copyright (1)
  • coragem (5)
  • cordão humano (1)
  • Correio da Manhã (8)
  • correntes (1)
  • Couple Coffee (1)
  • crescer (1)
  • crise (1)
  • Cristina Ribas (1)
  • crítica (1)
  • Crítica de Música (1)
  • Crónica (1)
  • culpas (1)
  • cursos profissionais (1)
  • D. José Policarpo (1)
  • Daniel Sampaio (1)
  • Dardomeu (3)
  • Darwin (1)
  • De Rerum Natura (9)
  • debate (4)
  • Debates (1)
  • declaração (1)
  • decreto 11/98 (1)
  • Decreto-Lei n.º 75/2008 (1)
  • Defende a profissão (1)
  • defesa da escola pública (3)
  • défice democrático (1)
  • delação (1)
  • delegação de competências (1)
  • delirante (1)
  • demisão (1)
  • demissão (1)
  • democracia (8)
  • Deolinda (1)
  • departamentos (1)
  • deputados (2)
  • desautorização (1)
  • desespero (5)
  • desilusão (1)
  • desmentido (1)
  • desobediência aos Tribunais (4)
  • Desporto Escolar (1)
  • despudor (1)
  • desrespeito (1)
  • destruição da Escola Pública (1)
  • desvalorização (1)
  • Deus nos ajude (2)
  • DGRHE (7)
  • Dia D (4)
  • Dia da Liberdade (2)
  • Dia da Mulher (1)
  • dia das medalhas (1)
  • Dia de Reflexão (1)
  • dia do regicídio (2)
  • Dia Mundial da Criança (1)
  • Dia Nacional da Cultura Científica (2)
  • Diário de Coimbra (1)
  • Diário de Notícias (1)
  • dignidade (7)
  • Directores (6)
  • direito à indignação (2)
  • disciplina (3)
  • dissidente (1)
  • DL 15/2007 (1)
  • DL 75/2008 de 22 de Abril (1)
  • DN (10)
  • docência (1)
  • Docentes (3)
  • documentos (1)
  • Domingos Freire Cardoso (1)
  • DR 2/2008 (2)
  • Dr. Fatal Nogueira (1)
  • DREC (1)
  • DREN (16)
  • dúvidas (1)
  • é preciso ser parvo (1)
  • e-mail (1)
  • EB 2/3 (1)
  • ECD (2)
  • editorial (1)
  • Educação (13)
  • educação especial (2)
  • Educação S.A. (5)
  • educadora (1)
  • educar (1)
  • educativa (1)
  • EE (2)
  • efeito suspensivo (1)
  • Einstein (1)
  • eleições (3)
  • Elisabete Pato (1)
  • Elvis Presley (1)
  • em defesa da escola pública (1)
  • emigração (1)
  • empossados (1)
  • encosta tua cabecinha (1)
  • engenheiro (1)
  • Ensino (1)
  • Ensino Especial (2)
  • Ensino Magazine (1)
  • Ensino Secundário (1)
  • entendimento (5)
  • entrevista (3)
  • envelhecimento (1)
  • equidade (1)
  • Ericeira (1)
  • erros (1)
  • ESALV (2)
  • esc. sec. arganil (1)
  • Escola (10)
  • escola a rempo inteiro (1)
  • Escola Correia Mateus (5)
  • Escola do Cerco (1)
  • Escola E. B. 2º e 3º Ciclos Roque Gameiro (1)
  • Escola EB 2 (1)
  • escola pública (8)
  • Escola Secundária Afonso Lopes Vieira (1)
  • EScola Secundária de Barcelos (1)
  • Escola Secundária de Cantanhede (1)
  • Escola Secundária de Casquilhos (1)
  • Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo (1)
  • Escola Secundária de Pombal (1)
  • Escola Secundária de Silves (1)
  • Escola Secundária Pluricurricular de Santa Maria Maior (1)
  • Escola Segura (1)
  • escolas (4)
  • escravatura (2)
  • ESEL (1)
  • ESFRL (1)
  • Esgueira (2)
  • especificidade (1)
  • esperança (1)
  • esta é a ditosa pátria minha amada (1)
  • está na hora (1)
  • Estatísticas (10)
  • Estatuto da Carreira Docente (1)
  • estatuto do aluno (7)
  • este ano há Eleições (2)
  • estes tristes tempos (2)
  • ESTG (3)
  • estranho (1)
  • estudos (1)
  • ética (9)
  • ética republicana (3)
  • Europa (1)
  • evangelização (1)
  • Évora (2)
  • excelente (3)
  • exemplo inglês (1)
  • exito (1)
  • explicações (1)
  • explicável (1)
  • expresso (7)
  • facilitismo (1)
  • failed (1)
  • falácias (1)
  • faltas (3)
  • faltas sindicais (1)
  • fantochada (1)
  • fartar vilanagem (1)
  • Fenei (1)
  • FENPROF (14)
  • Fernando Pessoa (2)
  • festa (1)
  • Fichas de Avaliação (4)
  • Figueira da Foz (1)
  • financiamento dos colégios (1)
  • Finlândia (2)
  • firmeza (1)
  • Fliscorno (3)
  • fne (2)
  • formação (4)
  • Formação Contínua (1)
  • fotos (3)
  • Francisco José Viegas (1)
  • Francisco Louçã (1)
  • Francisco Moita Flores (1)
  • Freeport (4)
  • fumo (1)
  • funcionário (1)
  • fusão de ciclos (4)
  • Galiza (1)
  • gargalhada geral (1)
  • Gatos Fedorentos (1)
  • Gedeão (1)
  • gemada (1)
  • geração perdida (1)
  • Gestão (1)
  • Gestão das Escolas (5)
  • gestão escolar (5)
  • Governador Civil (1)
  • governo (3)
  • governo autista (3)
  • Grande Loja de Queijo limiano (1)
  • greve (23)
  • Guarda (1)
  • guerra (1)
  • Gui Fon (1)
  • haja juizo (1)
  • Henrique Neto (1)
  • Honório Novo (1)
  • horas extraordinários (1)
  • humilhação (1)
  • Humor (8)
  • I'm Gonna Be (1)
  • IEFP (1)
  • IGE (1)
  • Igreja Católica (1)
  • ilegalidade (3)
  • ilegalidades (3)
  • impostos (1)
  • INA (1)
  • inconstitucionalidade (2)
  • indignação (2)
  • indisciplina (1)
  • inducassão (1)
  • infância (1)
  • informação (1)
  • Inglês (1)
  • ingratos (1)
  • iniquidade (1)
  • injustiças (1)
  • inquérito (1)
  • insatisfação (1)
  • Inspecção (1)
  • Instituto Politécnico de Castelo Branco (1)
  • instrumentos (1)
  • insultos (1)
  • interrogações (1)
  • inverdades (1)
  • irresponsabilidade (1)
  • Isabel Alarcão (1)
  • JN (18)
  • Joan Baez (1)
  • João Francisco (1)
  • João José Cochofel (1)
  • João Lobo Antunes (2)
  • João Pedroso (2)
  • João Proença (1)
  • João Ruivo (1)
  • joaquim azevedo (2)
  • Jorge Pedreira (8)
  • Jornal das 9 (1)
  • Jornal de Leiria (3)
  • Jornal de Notícias (2)
  • José (2)
  • José Calçada (1)
  • José Eduardo Lemos (1)
  • José Gil (1)
  • José Lello (1)
  • José Luiz Sarmento (1)
  • José Manuel Fernandes (4)
  • José Manuel Silva (6)
  • José Mário Branco (1)
  • José Matias Alves (7)
  • José Medeiros Ferreira (1)
  • José Paulo Carvalho (2)
  • José Sócrates (30)
  • JPP (1)
  • judeus (1)
  • Juiz Guilherme Fonseca (1)
  • Jurassik Park (1)
  • juro (1)
  • justiça (4)
  • kiki (1)
  • Lamego (2)
  • lápis azul (1)
  • laqueação de trompas (1)
  • legalidade (1)
  • legislação (2)
  • lei remendada (1)
  • Leiria (37)
  • Leonor Lourenço (1)
  • liberdade (3)
  • licenciaturas (1)
  • limpar as mãos (1)
  • língua portuguesa (1)
  • Lisboa (19)
  • livrinho vermelho (1)
  • livros (2)
  • Lucidez (1)
  • Ludgero Marques (1)
  • Luís Afonso (1)
  • Luís Costa (2)
  • Luís Fagundes Duarte (1)
  • Luis Filipe Torgal (1)
  • luta (39)
  • Lutas (1)
  • luto (2)
  • Maceira (1)
  • Magalhães (12)
  • magalhanês (5)
  • magistrados públicos (3)
  • Maiakovski (1)
  • mais importantes (1)
  • mais papistas (1)
  • mal informada (1)
  • malandros (1)
  • mando (1)
  • manifestação (33)
  • manipulação (1)
  • Manual de Tácticas da Acção Docente (1)
  • Manuel Alegre (7)
  • Manuel António Pina (9)
  • Manuel Freire (1)
  • Manuela Ferreira Leite (1)
  • mapa (1)
  • Marcelo Rebelo de Sousa (1)
  • marcha (2)
  • Marcha da Indignação dos Professores (1)
  • marcha-atrás (1)
  • Margarida Moreira (8)
  • Maria da Graça Pimentel (1)
  • Maria de Lurdes Rodrigues (9)
  • Maria do Céu Castelo-Branco (1)
  • Maria Filomena Mónica (1)
  • Maria Helena Damião (3)
  • Maria Leonor Duarte (1)
  • Maria Regina Rocha (1)
  • Mário Crespo (4)
  • Mário Lopes (1)
  • Mário Nogueira (1)
  • Mayakovski (1)
  • ME (17)
  • media (1)
  • Medina Carreira (1)
  • medo (5)
  • Memorando de Entendimento (5)
  • mentiras (12)
  • mentiras desmascaradas (10)
  • mentiritas inocentes (1)
  • mentirosos (1)
  • Mesquita Machado (1)
  • MIC (1)
  • Miguel Tiago (2)
  • Miguel Torga (9)
  • milagres (1)
  • Mindelo (1)
  • Ministério da Educação (32)
  • Ministra da Educação (65)
  • Ministra da Saúde (2)
  • Ministro da Propaganda (2)
  • Ministro das Finanças (1)
  • Minuta (2)
  • Mithá Ribeiro (1)
  • MLR (3)
  • mobilização (1)
  • moção (12)
  • mocões (1)
  • modelo alternativo (2)
  • modelos de outros países (1)
  • moeda de troca (1)
  • Monserrate (1)
  • monstruosidade (1)
  • Montemor-o-Velho (1)
  • movimento (5)
  • Movimento Cívico Em Defesa da Escola Pública (4)
  • Movimento Cívico Em Defesa da Escola Pública e da Dignidade da Docência (5)
  • Movimento de Intervenção e Cidadania (1)
  • Movimento Democracia (1)
  • Movimento Professores Revoltados (1)
  • movimentos (2)
  • mudam-se os tempos (1)
  • mudar de vida (1)
  • muito bom (1)
  • mulher (1)
  • municípios (1)
  • MUP (1)
  • Música (7)
  • não é só a avaliação (1)
  • NASA (1)
  • Natal (1)
  • NEE (1)
  • negro (1)
  • negros (1)
  • neologismos (1)
  • Nevoeiro (2)
  • Niemöller (1)
  • no Verão logo vemos (1)
  • Norte (1)
  • notícia (14)
  • Novas Oportunidades (4)
  • novilíngua (6)
  • novo modelo (1)
  • nulidade jurídica (1)
  • Números (2)
  • Nuno Crato (1)
  • O Cantinho da Educação (1)
  • O Mistério da Estrelinha Curiosa (1)
  • O que lhes aconteceu (2)
  • o Salazar é que a sabia toda (1)
  • o Sobrinho e o Outro (2)
  • O Tio (3)
  • objectivos individuais (4)
  • OCDE (12)
  • ofensa (1)
  • opinião (1)
  • ops (1)
  • Ordem dos Titulares (1)
  • Os Contemporâneos (2)
  • Os salva vidas (1)
  • ouvir os professores (2)
  • ovação (1)
  • Pablo Neruda (3)
  • Pacheco Pereira (1)
  • Padre Querubim (1)
  • pais (1)
  • país a saque (1)
  • país do faz de conta (2)
  • PAM (1)
  • pântano (1)
  • parábola (1)
  • paradigmas (2)
  • Paredes de Coura (3)
  • Parlamento (1)
  • patos (1)
  • Paulo Guinote (22)
  • Paulo Portas (5)
  • Paulo Prudêncio (1)
  • PCE (9)
  • PCP (2)
  • Pedagogia (1)
  • pedagógico (1)
  • Pedra Filosofal (1)
  • Pedro Duarte (3)
  • Pedro Monteiro (1)
  • Penamacor (1)
  • pensões (1)
  • Perturbações (1)
  • PETI (1)
  • petição (5)
  • PGR (1)
  • PIEF (1)
  • Pink (1)
  • pinóquio (1)
  • Pinto Monteiro (1)
  • Pirro (3)
  • PISA (1)
  • pistola (2)
  • Plano de Acção para a Matemática (1)
  • Plataforma de Entendimento (1)
  • plenário (2)
  • plenário Leiria (3)
  • PM (2)
  • poder (1)
  • poesia (28)
  • poeta (1)
  • poleiro (1)
  • polémico (1)
  • Politécnico de Leiria (1)
  • Política (1)
  • política educativa (3)
  • políticos (2)
  • Polvo (1)
  • Pombal (1)
  • pontual (1)
  • portadaloja (2)
  • portaldaloja (2)
  • Porto (6)
  • Portugal (12)
  • Portugal Diário (1)
  • português para totós (1)
  • portunhol (1)
  • posso (1)
  • poupança (1)
  • PowerPoint (1)
  • preconceito (1)
  • Prémio Nacional de Professores (1)
  • prémio vai para (1)
  • preparos (1)
  • Presidente da República (2)
  • Presidente do Conselho Executivo (1)
  • pressões (2)
  • Primavera (1)
  • primeiroFAX (1)
  • Primo (1)
  • procedimentos ilegais (1)
  • processo de avaliação (2)
  • ProfAvaliação (13)
  • professor (9)
  • professora (2)
  • professores (25)
  • Professoricídio (1)
  • profsemluta (1)
  • projecto DL 771/2007-ME (1)
  • PROmova (5)
  • propaganda (2)
  • Prós e Contras (2)
  • Protagonistas (1)
  • Protesto Gráfico (1)
  • protestografico (1)
  • protestos (5)
  • Prova de Ingresso (1)
  • prova nacional de acesso (1)
  • Provas de aferição (2)
  • Provedoria de Justiça (2)
  • providência cautelar (4)
  • PS (23)
  • PSD (4)
  • Psitacídeo (2)
  • PSP (2)
  • PU (1)
  • publicidade (1)
  • Público (43)
  • quadros electrónicos interactivos (1)
  • quem te mandou a ti sapateiro tocar rabecão (1)
  • quero (1)
  • quinta dimensão (1)
  • quotas (1)
  • Rádio Clube (1)
  • Ramiro Marques (33)
  • Rato (1)
  • razão (2)
  • Receita Para Domesticar Professores Incómodos (1)
  • recibos (1)
  • recuo (2)
  • reflexão (2)
  • reformados (3)
  • Região de Leiria (1)
  • registo (1)
  • regras especiais (1)
  • Reitor (4)
  • Reitores (3)
  • rejeição (1)
  • Renascença (1)
  • repressão (1)
  • repúdio (2)
  • requerimento (1)
  • Resistência (6)
  • resistências (1)
  • resistir (3)
  • respeito (2)
  • resposta (1)
  • results (1)
  • reunião (11)
  • revista de opinião socialista (1)
  • Revolta (1)
  • Ricardo Araújo Pereira (1)
  • Rodrigo (1)
  • roleta (1)
  • Rómulo de Carvalho (3)
  • rosário gama (3)
  • Rostos (1)
  • roubalheira (1)
  • RR (1)
  • RTP (7)
  • rua (1)
  • Rui Baptista (1)
  • Rui Sá (1)
  • Rui Veloso (1)
  • Sábado (1)
  • salários (1)
  • Salgueiro Maia (1)
  • sanções (1)
  • santana castilho (7)
  • Santarém (5)
  • São José Almeida (1)
  • sapatos (1)
  • satisfação (1)
  • saudade (1)
  • saúde pública (1)
  • Sebastião da Gama (1)
  • segurança nas Escolas (1)
  • Segurança Social (1)
  • Semana da Ciência e da Tecnologia (5)
  • Semanário (1)
  • senso (1)
  • Setúbal (1)
  • Sex Pistols (1)
  • SIADAP (2)
  • SIC (4)
  • silêncio (1)
  • Silgueiros (1)
  • Silvia Chueire (1)
  • simplex2 (7)
  • simplificação (2)
  • sindep (1)
  • Sindicato dos Inspectores da Educação e do Ensino (2)
  • sindicatos (9)
  • sindrome de Peter Pan (3)
  • Sintra (1)
  • sistema (1)
  • So what (1)
  • sócrates (3)
  • Sol (3)
  • solidariedade (2)
  • solução do catano (1)
  • sombra (1)
  • Sophia de Mello Breyner Andresen (6)
  • spam (2)
  • SPGL (2)
  • SPN (1)
  • SPRC (4)
  • substitutos (1)
  • Sunday (1)
  • suplementos remuneratórios (1)
  • surdez (1)
  • suspensão (13)
  • Suspicious Minds (1)
  • teaching (1)
  • teimosia (1)
  • TEIP (1)
  • tempo (1)
  • terrear (2)
  • The Cranberries (1)
  • the independent (1)
  • The Proclaimers (1)
  • TIC (2)
  • Tinta Fresca (1)
  • tiques autoritários (1)
  • titulares (5)
  • totós (1)
  • TPD (1)
  • trabalhadores não docentes (1)
  • trabalho docente (1)
  • trabalho voluntário (4)
  • Trabalhos para Docentes (1)
  • trapalhadas (3)
  • traumas (1)
  • trela (1)
  • tretas (1)
  • Tribunais (2)
  • Tribunal (1)
  • Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra (3)
  • Tristeza (2)
  • Truques (1)
  • UE (1)
  • UK (1)
  • um país dois sistemas (1)
  • UnI (1)
  • união (2)
  • unidade (1)
  • Universidade Independente (2)
  • Uxia (1)
  • Valter Lemos (15)
  • Vampiros (1)
  • vandalismo (1)
  • Vasco Graça Moura (1)
  • Vasco Pulido Valente (2)
  • vasectomia (1)
  • vendilhões (2)
  • Venezuela (1)
  • verdes (1)
  • Vergílio Ferreira (1)
  • vergonhas (2)
  • VIana do Castelo (2)
  • vídeo (1)
  • vigília (1)
  • Vila Real (3)
  • Violência (3)
  • violência nas Escolas (4)
  • vírus (1)
  • Viseu (3)
  • visita escolas (1)
  • visitas de estudo (1)
  • Vital Moreira (1)
  • Vitalino Canas (1)
  • vitória de Pirro (1)
  • Viva Las Vegas (1)
  • volta Mao Tse Tung (1)
  • vozes do dono (1)
  • We Shall Overcome (1)
  • We Want Our Freedom Now (1)
  • WEHAVEKAOSINTHEGARDEN (1)
  • Yes they can (1)
  • YouTube (1)
  • Zeca Afonso (4)

Em defesa da Escola Pública

  • Em defesa da Escola Publica
  • Fernando Martins
  • Pedro Luna

PageRank

PageRank

Sudoku


Add To My Blog

+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-