Funcionários manifestam-se contra a precariedade laboral
Ministério da Educação classificou a greve dos não-docentes como "inexplicável"
21.05.2008 - 13h25 Lusa
O Ministério da Educação (ME) garantiu hoje estar a "trabalhar" para resolver a situação dos 1500 trabalhadores não docentes que terminam o seu contrato de trabalho em Agosto, classificando de "inesperada e inexplicável" a greve convocada pelos sindicatos da Função Pública.
"São 1500 e não cinco mil os trabalhadores que terminam os contratos em Agosto" e "há vontade política para resolver a sua situação, porque fazem falta nas escolas", afirmou fonte do gabinete de imprensa do ME.
A fonte considerou que esta greve "não tem explicação aparente", uma vez que as negociações para preparar a transferência de competências para as autarquias estavam a decorrer "num espírito positivo". Por sua vez, a Federação dos Sindicatos da Função Pública "auto-excluiu-se, mas as negociações continuam com os outros sindicatos", acrescentou.
O ME não dispõe ainda de dados relativos às consequências da paralisação no funcionamento das escolas. Segundo fonte sindical, a greve está a registar uma adesão superior a 60 por cento e provocou o cancelamento total ou parcial das aulas em muitas escolas do país. Na área de Lisboa, há "pelo menos quatro escolas" onde as aulas foram canceladas devido à greve. São elas as Secundárias Passos Manuel, D. José I e do Restelo e a EB 2/3 de Telheiras.
No Grande Porto, mais de uma dúzia de escolas EB 2,3 e secundárias estão também impedidas de funcionar com normalidade. Em declarações à Lusa, Natália Carvalho, responsável pela área da Educação da Federação dos Sindicatos da Função Pública, frisou que "há muitas escolas que apesar de estarem de portas abertas não têm condições para funcionar", dando como exemplo as secundárias Garcia da Horta e Fontes Pereira de Melo, as EB 2,3 Ramalho Ortigão, Maria Lamas e Viso, no Porto, a Secundária da Senhora da Hora e Padrão da Légua, a EB 2,3, de Custóias e Lavra, em Matosinhos.
Segundo a mesma fonte, no concelho de Vila do Conde não há aulas em duas escolas EB 2,3 e em Paredes estão também sem aulas as escolas EB 2,3 de Rebordosa, Cristelo, Baltar e Lordelo. A greve e a manifestação agendada para a tarde de hoje, em Lisboa, visam protestar contra a precariedade laboral e municipalização dos estabelecimentos de ensino.
Natália Carvalho denunciou no Porto a existência de 12 mil trabalhadores não docentes em situação laboral precária e afirmou que cinco mil podem ser despedidos a 31 de Agosto. A mesma responsável manifestou-se também contra a "municipalização" das escolas por considerar que a transferência para os municípios "irá agravar ainda mais a pouca estabilidade dos trabalhadores não docentes".
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Ministério da Educação classificou a greve dos não-docentes como "inexplicável"
21.05.2008 - 13h25 Lusa
O Ministério da Educação (ME) garantiu hoje estar a "trabalhar" para resolver a situação dos 1500 trabalhadores não docentes que terminam o seu contrato de trabalho em Agosto, classificando de "inesperada e inexplicável" a greve convocada pelos sindicatos da Função Pública.
"São 1500 e não cinco mil os trabalhadores que terminam os contratos em Agosto" e "há vontade política para resolver a sua situação, porque fazem falta nas escolas", afirmou fonte do gabinete de imprensa do ME.
A fonte considerou que esta greve "não tem explicação aparente", uma vez que as negociações para preparar a transferência de competências para as autarquias estavam a decorrer "num espírito positivo". Por sua vez, a Federação dos Sindicatos da Função Pública "auto-excluiu-se, mas as negociações continuam com os outros sindicatos", acrescentou.
O ME não dispõe ainda de dados relativos às consequências da paralisação no funcionamento das escolas. Segundo fonte sindical, a greve está a registar uma adesão superior a 60 por cento e provocou o cancelamento total ou parcial das aulas em muitas escolas do país. Na área de Lisboa, há "pelo menos quatro escolas" onde as aulas foram canceladas devido à greve. São elas as Secundárias Passos Manuel, D. José I e do Restelo e a EB 2/3 de Telheiras.
No Grande Porto, mais de uma dúzia de escolas EB 2,3 e secundárias estão também impedidas de funcionar com normalidade. Em declarações à Lusa, Natália Carvalho, responsável pela área da Educação da Federação dos Sindicatos da Função Pública, frisou que "há muitas escolas que apesar de estarem de portas abertas não têm condições para funcionar", dando como exemplo as secundárias Garcia da Horta e Fontes Pereira de Melo, as EB 2,3 Ramalho Ortigão, Maria Lamas e Viso, no Porto, a Secundária da Senhora da Hora e Padrão da Légua, a EB 2,3, de Custóias e Lavra, em Matosinhos.
Segundo a mesma fonte, no concelho de Vila do Conde não há aulas em duas escolas EB 2,3 e em Paredes estão também sem aulas as escolas EB 2,3 de Rebordosa, Cristelo, Baltar e Lordelo. A greve e a manifestação agendada para a tarde de hoje, em Lisboa, visam protestar contra a precariedade laboral e municipalização dos estabelecimentos de ensino.
Natália Carvalho denunciou no Porto a existência de 12 mil trabalhadores não docentes em situação laboral precária e afirmou que cinco mil podem ser despedidos a 31 de Agosto. A mesma responsável manifestou-se também contra a "municipalização" das escolas por considerar que a transferência para os municípios "irá agravar ainda mais a pouca estabilidade dos trabalhadores não docentes".
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