O mercado de explicações cresce sem regulação, acentuando desigualdades entre alunos, já que uns pagam para subir uma décima que pode ser decisiva para o ingresso na universidade, considerou um especialista em Ciências da Educação. O quadro foi traçado com preocupação por Jorge Adelino Costa, do Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Aveiro, no V Simpósio de Organização e Gestão Escolar, que durante dois dias reuniu docentes e investigadores naquela universidade.
Durante seis anos, uma equipa de investigadores que Jorge Adelino Costa integrou recolheu dados em escolas de uma cidade média do centro do país, cujos resultados não serão muito diferentes da realidade nacional: 60 por cento dos alunos do 12º ano frequentam explicações e os pais gastam entre 70 e 240 euros mensais, conforme o número de disciplinas. Matemática, Física, Química e Geometria Descritiva são as principais áreas.
«É quase um terceiro sistema de ensino e provavelmente os gastos com as explicações em Portugal são já superiores aos do ensino privado. O volume é tal, que o fenómeno tem de ser estudado», comentou à Lusa.
Continue a ler a notícia no Sol Online.
Comentário
As conclusões deste importante estudo conduzido por Jorge Adelino Costa, António Ventura e Carlos Neto, investigadores da Universidade de Aveiro, merece reflexão. Como é que é possível continuarmos a aceitar que os resultados escolares dos alunos tenham peso na avaliação de desempenho dos professores? Estamos a avaliar o esforço dos professores ou dos explicadores? Como e que é possível dar credibilidade aos rankings das escolas? Esses rankings reflectem a qualidade da escola ou dos explicadores? Espero que a Plataforma Sindical, nas reuniões de negociação sobre a avaliação de desempenho, use os resultados deste estudo para mostrar a injustiça e a iniquidade do actual modelo.
in http://ramiromarques.blogspot.com/, post de Ramiro Marques, com sublinhados nossos.
Durante seis anos, uma equipa de investigadores que Jorge Adelino Costa integrou recolheu dados em escolas de uma cidade média do centro do país, cujos resultados não serão muito diferentes da realidade nacional: 60 por cento dos alunos do 12º ano frequentam explicações e os pais gastam entre 70 e 240 euros mensais, conforme o número de disciplinas. Matemática, Física, Química e Geometria Descritiva são as principais áreas.
«É quase um terceiro sistema de ensino e provavelmente os gastos com as explicações em Portugal são já superiores aos do ensino privado. O volume é tal, que o fenómeno tem de ser estudado», comentou à Lusa.
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As conclusões deste importante estudo conduzido por Jorge Adelino Costa, António Ventura e Carlos Neto, investigadores da Universidade de Aveiro, merece reflexão. Como é que é possível continuarmos a aceitar que os resultados escolares dos alunos tenham peso na avaliação de desempenho dos professores? Estamos a avaliar o esforço dos professores ou dos explicadores? Como e que é possível dar credibilidade aos rankings das escolas? Esses rankings reflectem a qualidade da escola ou dos explicadores? Espero que a Plataforma Sindical, nas reuniões de negociação sobre a avaliação de desempenho, use os resultados deste estudo para mostrar a injustiça e a iniquidade do actual modelo.
in http://ramiromarques.blogspot.com/, post de Ramiro Marques, com sublinhados nossos.
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