domingo, 9 de março de 2008

Alguma vez houve condições para dialogar com autistas?

Actualização - organização fala em 80 mil professores nas ruas de Lisboa
Sindicatos rejeitam continuar diálogo com a ministra da Educação
08.03.2008 - 17h49 PÚBLICO, com Lusa

A plataforma sindical que concentrou hoje em Lisboa pelo menos 80 mil professores diz que “não há condições para mais diálogo” com a ministra da Educação e promete novos protestos para o início de cada semana do terceiro período lectivo.

No discurso que proferiu no final do desfile que ligou o Marquês de Pombal ao Terreiro do Paço, Mário Nogueira, dirigente da Fenprof e porta-voz da plataforma sindical, garantiu que cem mil professores, vindos de todo o país, participaram na Marcha da Indignação.

Por seu lado, a PSP de Lisboa admite que o protesto juntou 80 mil professores, o que equivale a mais de metade da classe profissional, estimada em 143 mil docentes.

A cabeça do desfile chegou ao Terreiro do Paço cerca das 16h30, mas uma hora depois eram ainda muitos os manifestantes que chegavam ao local, onde decorriam já os discursos finais.

Em declarações aos jornalistas, Mário Nogueira garantia que tinham sido superados os objectivos da organização. “Neste momento, depois desta manifestação impressionante, dizemos que a actual equipa ministerial não tem condições para continuar”, afirmou, sublinhando que “não é possível ter alguém à frente do Ministério que tem, contra si, dois terços dos professores”.

“Com uma manifestação destas, este passa a ser um problema do Governo”, acrescentou o dirigente, que voltou a lançar um repto a José Sócrates. “O primeiro-ministro tem de fazer uma leitura desta manifestação. É impossível manter uma política ministerial nestas condições".

A plataforma sindical, que ao longo das duas últimas semanas promoveu protestos nas principais cidades do país, promete não baixar os braços e, esta tarde, anunciou que todas as segundas-feiras do terceiro período lectivo (que se inicia após a Páscoa) vai promover manifestações a nível local para exigir a suspensão imediata do modelo de avaliação dos professores e o adiamento da entrada em vigor do novo diploma de gestão escolar.

in Público - ler notícia

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