Ontem à noite, em Chaves
Augusto Santos Silva acusa professores manifestantes de não distinguirem "entre Salazar e os democratas"
08.03.2008 - 11h12 Lusa
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva acusou, ontem à noite, em Chaves, à entrada para uma reunião sobre os três anos de Governo, os manifestantes de estarem a levar a cabo uma intimidação anti-democrática e atribuiu o combate pela liberdade apenas a "históricos" do PS. O ministro acusou ainda os manifestantes de "nem sequer saberem distinguir entre Salazar e os democratas" e de nem terem "lutado contra o fascismo".
"A liberdade é algo que o País deve a Mário Soares, a Salgado Zenha, a Manuel Alegre... Não deve a Álvaro Cunhal nem a Mário Nogueira", afirmou Santos Silva, acrescentando que estes "lutaram por ela antes do 25 de Abril contra o fascismo, e lutaram por ela depois do 25 de Abril contra a tentativa de tentar criar em Portugal uma ditadura comunista", sustentou.
"O clima político que algumas pessoas estão a tentar desenvolver em Portugal é um clima de intimidação, é um clima próprio da natureza anti-democrática dessas forças. E se for preciso defender outra vez, como defendemos em 75, a liberdade em Portugal, o Partido Socialista, posso garantir, estará na linha da frente da defesa das liberdades públicas", afirmou, na ocasião.
Reagindo a estas declarações, o deputado social-democrata Miguel Relvas manifestou-se hoje "chocado" com as declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares. "Há já algum tempo que o ministro passou a fronteira do bom-senso e com total impunidade", sustentou o social-democrata, afirmando que o responsável pela pasta dos Assuntos Parlamentares tem evidenciado um "comportamento de guerrilha e hostilidade".
"O senhor ministro tem que perceber que a barricada da liberdade, desta vez, não está do lado do PS, mas do lado dos professores e não tem que ficar indignado que estes se manifestem e reclamem os seus direitos", afirmou, em declarações à agência Lusa.
in Público - ler notícia
Augusto Santos Silva acusa professores manifestantes de não distinguirem "entre Salazar e os democratas"
08.03.2008 - 11h12 Lusa
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva acusou, ontem à noite, em Chaves, à entrada para uma reunião sobre os três anos de Governo, os manifestantes de estarem a levar a cabo uma intimidação anti-democrática e atribuiu o combate pela liberdade apenas a "históricos" do PS. O ministro acusou ainda os manifestantes de "nem sequer saberem distinguir entre Salazar e os democratas" e de nem terem "lutado contra o fascismo".
"A liberdade é algo que o País deve a Mário Soares, a Salgado Zenha, a Manuel Alegre... Não deve a Álvaro Cunhal nem a Mário Nogueira", afirmou Santos Silva, acrescentando que estes "lutaram por ela antes do 25 de Abril contra o fascismo, e lutaram por ela depois do 25 de Abril contra a tentativa de tentar criar em Portugal uma ditadura comunista", sustentou.
"O clima político que algumas pessoas estão a tentar desenvolver em Portugal é um clima de intimidação, é um clima próprio da natureza anti-democrática dessas forças. E se for preciso defender outra vez, como defendemos em 75, a liberdade em Portugal, o Partido Socialista, posso garantir, estará na linha da frente da defesa das liberdades públicas", afirmou, na ocasião.
Reagindo a estas declarações, o deputado social-democrata Miguel Relvas manifestou-se hoje "chocado" com as declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares. "Há já algum tempo que o ministro passou a fronteira do bom-senso e com total impunidade", sustentou o social-democrata, afirmando que o responsável pela pasta dos Assuntos Parlamentares tem evidenciado um "comportamento de guerrilha e hostilidade".
"O senhor ministro tem que perceber que a barricada da liberdade, desta vez, não está do lado do PS, mas do lado dos professores e não tem que ficar indignado que estes se manifestem e reclamem os seus direitos", afirmou, em declarações à agência Lusa.
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1 comentário:
A arrogância típica dos socretinos.
Não sou nem nunca fui comunista e, ainda adolescente, participei, ao lado do PS e do PSD, na defesa da liberdade contra a tentação totalitária do PCP e da extrema-esquerda, onde se encontrava o sr. Santos Silva.
Ironicamente, hoje, são o PCP e o BE que defendem a liberdade contra o autoritarismo autista de um governo do PS. Esse partido foi tomado por uma tecnocracia neoliberal ao serviço dos interesses dos grandes grupos económicos nacionais e internacionais, com uma visão economicista da sociedade e um desprezo total pelas pessoas concretas.
Por outro lado, ao dizer o que disse de Cunhal, que já cá não está para se defender, o sr. Silva revela um traço do seu carácter: a cobardia. Isto para além de ser injusto: apesar de não concordar com as suas ideias reconheço o seu papel de lutador pela liberdade antes do 25 de Abril. Já do sr. Silva, nunca ouvi falar.
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