quinta-feira, 6 de março de 2008

PSP apresenta os cumprimentos do governo em Escolas do Porto e Ourém

Agentes quiseram saber quantos professores pretendem ir à manifestação
Escolas no Porto e em Ourém questionadas pela PSP sobre participação no protesto de sábado
06.03.2008 - 19h59 Alexandra Barata/Natália Faria

Um agente da PSP do Porto deslocou-se ontem, ao final da tarde, à Escola Clara de Resende, onde questionou uma funcionária sobre a adesão dos professores do estabelecimento de ensino à manifestação que se realiza no sábado. A situação repetiu-se hoje, em Ourém, quando dois agentes da polícia se dirigiram a duas escolas do concelho para apurar quantos docentes pretendem participar no protesto.

Quando, posteriormente, os responsáveis da escola questionaram a PSP sobre o motivo da deslocação, foi-lhes dito que o objectivo era perceber quantas pessoas poderão estar no sábado em Lisboa para poder organizar as medidas de segurança. “Achei estranhíssimo e sem sentido nenhum”, comentou uma docente. O PÚBLICO não conseguiu apurar se a deslocação da PSP se repetiu noutras escolas do concelho. O oficial de dia do comando metropolitano do Porto da PSP recusou adiantar pormenores sobre o assunto.

Também na tarde de hoje, dois agentes da PSP da esquadra de Ourém deslocaram-se a duas escolas da cidade para saber quantos professores iam participar na manifestação de sábado, em Lisboa. O Comando Distrital da PSP de Santarém assegura desconhecer a situação.

O adjunto do comandante da esquadra de Ourém, Basílio Duarte, pediu para transmitir ao PÚBLICO que os agentes se limitaram a “cumprir uma solicitação do Comando de Santarém”, a que a esquadra pertence. Contudo, o oficial de Relações Públicas do Comando Distrital da PSP de Santarém, Jorge Soares, desmente ter sido dada qualquer ordem nesse sentido. “Até parece que estou no 23 de Abril de 1974. Não passaria pela cabeça de ninguém com bom senso dar esse tipo de orientação ou diligência. Acho muito estranho que isso tenha acontecido. Este tipo de atitude não é admissível num estado de direito”, afirma Jorge Soares.

Face à gravidade da situação, o oficial de Relações Públicas acredita que será instaurado um processo de averiguações para apurar o que se passou, por forma a evitar que estas situações se voltem a repetir. “O comando não se identifica com este tipo de comportamentos vergonhosos e que só revelam falta de profissionalismo.”

Confrontado com a possibilidade de a instrução ter sido dada sem o conhecimento do comando distrital, Jorge Soares diz que mesmo que isso sucedesse os polícias têm que saber as medidas legais que devem tomar. “Não vejo que isso se enquadre na missão da PSP.”

Tanto na Escola Secundária de Ourém como na Escola Básica do 2º e 3º Ciclos D. Afonso IV Conde de Ourém, o sentimento reinante entre os professores era de indignação. “Queriam saber quantas camionetas é que iam a Lisboa. Deram a desculpa que era para orientar o trânsito. É evidente que era para nos intimidar. Há muitas formas de matar coelhos”, comenta um dos professores.

“Isto só me dá mais vontade de ir. Vejo nisto uma manobra de intimidação e pressão sobre a classe docente e um total desrespeito pela liberdade de expressão, que ainda é uma conquista do 25 de Abril”, lamenta outra docente, que confessa que já votou muitas vezes no PS, mas não se revê no PS de José Sócrates.

Opinião diferente tem a presidente do Conselho Executivo da Escola Básica do 2º e 3º Ciclos D. Afonso IV Conde de Ourém. Maria de São José Ferreira acredita que os dois agentes pretendiam mesmo apurar quantos autocarros irão sair da escola no sábado para organizar o trânsito e o estacionamento. Afasta, por isso, a ideia de que a intenção fosse intimidar os docentes, mas apenas zelar pela segurança.

Maria de São José Ferreira não esconde, contudo, que tem uma posição diferente em relação à generalidade dos professores, já que entende que os problemas não se resolvem com manifestações e até concorda com algumas políticas educativas do governo. Pelo que o PÚBLICO apurou, a posição da presidente do Conselho Executivo não espelha, no entanto, a posição dos professores.

“A visita da política não teve nada a ver com o trânsito. Teve um carácter intimidatório. Os colegas que estão retinentes possivelmente decidem não ir à manifestação. Mas outros ainda terão mais força. A atitude generalizada é de indignação”, sustenta outro professor.

Os agentes em causa não estavam fardados e mostravam estar pouco à vontade. Aliás, um deles terá mesmo desabafado que nem gostava muito de fazer estas coisas, mas tinham recebido indicações a nível nacional nesse sentido.

in Público - ver notícia

7 comentários:

Berta disse...

Vamos à luta, colegas!A vida faz-se, crescendo e ninguém pode impedir o outro de crescer. Não é isso que fazemos na escola?Ensinamos, damos directrizes,amamos,damos tudo por tudo para que os nossos alunos cresçam.Os nossos alunos merecem ter professores que os dignifiquem e que lhes mostrem o caminho para crescerem,para aprenderem a ser felizes e aprenderem a enfrentar as dificuldades da vida.É essa a lição de cidadania que lhe transmitimos no dia a dia e será essa que lhe estamos a ensinar-a ser cidadãos com direitos e deveres.
Ser Professor é ser gente, ainda que ignorado!

Quando se é gente e se tenta viver,
Se tenta lutar com a dor e esquecer,
Sorrir de verdade, quando se tem vontade
E gritar bem alto, sem ansiedade,
Aí está a verdade de se ser gente!

Ser gente não é qualquer um:
É saber respirar o ar da natureza,
É viver com princípios ancestrais,
É viver e continuar a ser um,
Procurando a verdade que se desterra
Desta terra nos escombros celestiais,
Que nos diz que esta terra
Não é para qualquer um!

Querer viver a vida num trago, sofregamente,
Não é solução alguma!
Beber a vida com serenidade,
É crescer e viver tão somente,
É viver a vida sem caruma
A tapar a visão da bondade
Que se oferece em taça,
Coberta de traça!

Dos simples, surge o raio que os envolve,
A chama que os acende
E nos comove!
Dos simples vem o que, às vezes, nos transcende.

Porquê? …
Essa realidade nos está mais próxima?
Porque nos sentimos, também dela, mais próximos?
Porquê?

Um abraço
Berta

Anónimo disse...

'A Grande Sinistra Entrevista', em
http://kosmografias.wordpress.com

Anónimo disse...

Ao que chegámos. O governo e o Partido Socretino revelam a sua verdadeira natureza: a Milú e os seus "cães de fila" a aparecer em todas as televisões A MENTIR DESCARADAMENTE e, agora, as tentativas de intimidação próprias de um regime autoritário. Daí que me pareçam cada vez mais fundadas as suspeitas de colegas de um movimento de que os seus telefones estariam sob escuta e os seus computadores pessoais vigiados. Putin fechou a Praça Vermelha para o sr. Pinto de Sousa correr. Deve ter-lhe também ensinado várias técnicas de intimidação da oposição.
Entretanto, a "boyada" socretina sai do seu "covil de ratazanas", tentando fazer passar a ideia de que se tratariam de falsos polícias. Será que não enxergam o ridículo da sua argumentação? Nem eles próprios acreditam nisso. Mas, para agradar ao "querido líder" e à sua "favorita", são capazes de tudo. Cada vez mais vejo que aquele partido está transformado numa verdadeira "associação de malfeitores".
Colegas, não nos vamos deixar intimidar. Aliás, estas manobras desesperadas da camarilha socretina, só vão contribuir para levar mais gente a Lisboa. Vamos encher a capital e transformar a nossa Marcha da Indignação na MARCHA DA LIBERDADE.

Amélia disse...

Eu adiro à ideia, proposta por uma colega, a Teresa, do http://tempodeteia.blogspot.com/ de que a manifestação de milhares,amanhã, seja silenciosa. Que ruído enorme pode fazer o silêncio de milhares!
E já enviei um mail à ministra dizendo um Basta!É preciso respeito!
Se inundássemos,como penso já ter sugerido aqui e noutros sítios, a caixa do correio ministerial com mensagens deste tipo -hoje, amanhã, sempre?!
e-mail ministerial: http://www.portugal.gov.pt/Porta...Ministerios/ME/


Em relação a esta história, repetida -lembram-se da b´visita ao sindicato da Covilhã, em v+esperas de manif', de polícias metidos ao barulho:- a função deles não seria antes andar nas ruas e velar pela nossa segurança?

Anónimo disse...

ja que se fala tanto de escola segura, na rua 25 de abril em delães, tem o cafe 25 de abril, em frente tem uma instituição de creche, pré-escolar e atl,onde a todos os instantes entram crianças e adultos.Nessa rua e em frente à instituiçao so se encontra passagem de droga a todos os instantes, a polícia de ribade ave nada faz, agora pergunto isto é uma escola segura? e se fosse só passagem é que eles até se drgam na frente das pessoas e depois perguntam as crianças que é que aqueles homens estao a fazer? os pais que respondem? eles juntam-se aos 30 homens a toda a hora e toda a noite isto é uma vergonha em frente ao infantario

Anónimo disse...

srs da pj façam alguma coisa isto é um crime em frente a um infantario pertencemos ao concelho de v.n. de famalicao na qual se fala tanto desenvolvido e aqui em delães passam tanta droga em frente de escolas infantis(bem-me-quer) fica situada na rua 25 de abril onde a todos os minutos passam droga, drogam-se e as crianças a passar. se o sr do café os corresse mas agasalhos é porque é tambem cumpridor, tambem quem faz aumentos sem licenças e os poe a trabalhar é porque é cumprisem algo.

Anónimo disse...

tambem queria dizer que este infantario aqui referido abre as 7h30 da manha e encerra as 19h vejam agorade inverno parase poder entrar e sair. DELÃES PARA A FRENTE CORRAM ESSES GANDULOS QUE MUITOS JA ESTIVERAM NA CADEIA E DIZEM A BOCA CHEIA QUE A POLICIA OS LEVA A JUIZA A FAMALICAO SEM PROVAS, ELES NAO ME CONSEGUEM APANHAR. ANTES DE SAIR QUERO LEMBRAR QUE NO MURO DA BEM-ME-QUER EM DELAES ELES ESCONDEM A DROGA, O MURO ESTA TODO ESBURACADO SE A PJ ANDA PORAQUI NAO FAZ NADA ESPERO QUE SEPONHAA ESPREITA. OBRIGADO QUERO ESCOLA SEGURA JA QUE SE FALA