sábado, 22 de março de 2008

A desautorização dos Professores

Em dois blogs que leio - Blasfémias e Do Portugal Profundo - dá-se conta da circulação no YouTube, de um video caseiro (melhor dizendo, escolar e feito através da moderna tecnologia dos telemóveis de geração avançada), mostrando uma cena ( na terminologia apropriada) numa sala de aula, com alunos adolescentes e uma professora.

A cena, mostra o ambiente natural de uma sala de aula, actual, de uma escola pública portuguesa, do Porto.
Aparentemente, os alunos, são adolescentes normais que frequentam o ensino público que temos.

No video, colocado no You Tube, pelo autor ou um dos autores do mesmo, ( depois retirado e posteriormente recolocado por outrém) é possível perceber várias coisas. Uma delas, à vista desarmada de qualquer preconceito, é simplesmente a falência do sistema de ensino que temos, no que se refere à disciplina numa sala de aula. Ponto final e parágrafo.

Espera-se que este video seja o sinal de alarme, audível e visível pelos burocratas do Ministério da Educação, sobre o estado a que deixaram chegar o nosso ensino público.

Da ministra, nem vale a pena falar. É um caso perdido. Dos Secretários de Estado, talvez o dr. Pedreira, tenha um módico de senso para perceber que este caminho leva à desgraça. Em que aliás, já nos encontramos.

E não serão os discursos eloquentes, sobre as avaliações dos professores que permitirão olvidar a avaliação que todos podem fazer do Estado que permitiu que isto chegasse onde chegou.

O dr. Grilo, esse extraordinário coleccionador de coleópteros, antigo ministro da Educação da era da paixão, já há alguns anos tinha colocado o selo no álbum, ao escrever o título do seu livro inútil: "O difícil, é sentá-los!"

Não é só isso, professor Grilo. O difícil, mesmo, mesmo difícil; difícil mesmo... está a perceber? Difícil, difícil, a valer, é...tirar os burocratas e génios variados, vindos do ISCTE e dos doutoramentos "lá fora", das comissões que fazem os programas e legislação que depois dão nisto que se pode ver.

Isso é que é difícil, professor Grilo!

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