segunda-feira, 10 de março de 2008

António Vitorino sugere experiência e simplificação... demorou tempo a perceber

Há quanto tempo não falávamos de simplificação de processos (que não colidem com boas práticas) e não referíamos o modo abrupto, burocrático e desestabilizador como se queria impor às escolas o modelo desta avaliação de desempenho?
Afinal, por que razão levaram tanto tempo a ouvir?
Mas se A. Vitorino percebeu, sabe que o problema continua a ser o modelo em si...
*
Vitorino sugere avaliação experimental
O dirigente socialista António Vitorino sugeriu, esta segunda-feira, ao Governo que adopte um modelo experimental de avaliação dos professores, de um ano ou ano e meio, cuja instância de supervisão seria aberta à participação dos professores.

A posição do ex-comissário europeu foi assumida no seu programa de comentário político, na RTP, quando analisava as consequências da manifestação dos professores, no sábado, que juntou em Lisboa cerca de cem mil pessoas.
«Sem recuar, sem ceder, penso que há margem para o Governo encontrar uma solução equilibrada» para resolver o actual diferendo em torno do sistema de avaliação dos professores, defendeu António Vitorino. Segundo o dirigente do PS, o Governo deve aceitar que a aplicação do novo modelo de avaliação «seja aferida» ao longo do tempo e não concretizado «instantaneamente».
«É possível um sistema avaliação que dê confiança», através da criação de «uma instância que seja aberta à participação dos professores, que poderão monitorizar a sua aplicação», indicou. António Vitorino acrescentou que o sistema de avaliação poderia primeiro ser aplicado de forma «experimental, durante um ano ou ano e meio, mesmo que não seja integral», ou seja, mesmo que não cubra todo o território nacional.
O ex-comissário europeu admitiu ainda que o Governo deverá aceitar «uma Simplificação» do sistema de avaliação, assim como rever o grau de descentralização em termos de adaptabilidade do modelo previsto na sua proposta.

Sem comentários: