Ser professor em Portugal
O sistema educativo português tem servido de palco a múltiplas experiências, consoante o perfil dos protagonistas que assumem a liderança ministerial. Cada qual mexe e remexe a seu bel-prazer. São improvisações peregrinas de qualquer iluminado, importações pré-cozinhadas de modelos educativos de outras realidades sociais e culturais, menus pedagógicos e utópicos dos mais variados tipos e atributos. E como a coisa naturalmente não funciona, o legislador descarrega incessantemente leis, decretos, circulares, avisos, que anulam, que alteram, que esclarecem, e sobretudo que baralham e entorpecem os actores que tentam sobreviver no terreno.
O importante para cada ministro é deixar marca pessoal, anulando irreversivelmente o precedente ou desfigurando-o. Neste país, pasme-se, qualquer um pode ser ministro da educação e a sua acção, por mais nefasta que seja, jamais será avaliada e o seu titular sancionado. Os insucessos resultantes destas políticas erráticas eram, ciclicamente, utilizados como arma de arremesso entre os partidos do poder. Mas isso são águas passadas. Descobriu-se, agora, que é mais fácil denegrir o elo mais fraco, ou seja, os professores.
O importante para cada ministro é deixar marca pessoal, anulando irreversivelmente o precedente ou desfigurando-o. Neste país, pasme-se, qualquer um pode ser ministro da educação e a sua acção, por mais nefasta que seja, jamais será avaliada e o seu titular sancionado. Os insucessos resultantes destas políticas erráticas eram, ciclicamente, utilizados como arma de arremesso entre os partidos do poder. Mas isso são águas passadas. Descobriu-se, agora, que é mais fácil denegrir o elo mais fraco, ou seja, os professores.
António Maduro
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