A palavra custa a dizer, é um neologismo, mas deve-me assistir o direito de a utilizar para significar o autêntico "assassinato do professor" que alguns comentadores da nossa praça andam por aí a fazer.
Apesar da tarimba das misérias humanas ainda me surpreendo com a atitude abjecta de alguns escribas de serviço que têm tentado a todo o custo proceder a uma assassinato de carácter de toda a classe dos professores, especialmente aos que usando o direito cívico à indignação, tão oportunamente invocado já lá vão muitos anos por Mário Soares, e o direito constitucional ao protesto e à manifestação, têm afirmado nas escolas, nas ruas e nos órgãos de comunicação social a sua discordância face às políticas do Governo para o sector educativo.
As ervas daninhas da Inquisição, da delação, da polícia política, dos bufos e quejandos não foram completamente extirpadas e germinam com furor sempre que surge ocasião favorável. Travestidos de "opinion makers" andam por aí uns abencerragens que se julgam detentores da pedra filosofal e que regurgitam em palavras de hoje o lastro da pior tradição autoritária e repressiva ao invectivarem os professores por se manifestarem, chegando ao ponto de colocarem em dúvida a sua dignidade pessoal e profissional como educadores, apenas por não abdicarem dos seus direitos e da sua cidadania activa.
É a vida, e para os professores, habituados a alunos difíceis e alguns mal educados, é apenas mais uma oportunidade para com serenidade e sentido de serviço demonstrarem a essa gentalha de que lado está a razão.
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