Sindicatos não acreditam em concorrência dos movimentos espontâneos
FNE diz que protestos de ontem demonstram descontentamento dos professores
24.02.2008 - 15h37 Lusa, PÚBLICO
O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE) considera que os protestos realizados ontem por professores à margem das estruturas sindicais reflectem o "profundo descontentamento" da classe com o Ministério da Educação.
"Não há nenhuma competição com os sindicatos, mas um profundo descontentamento dos professores, que o exprimiram de forma espontânea", afirmou João Dias da Silva, quando questionado sobre se estes protestos poderiam ser vistos como uma crítica às estruturas sindicais.
Cerca de dois mil professores, segundo cálculos dos jornalistas do PÚBLICO que presenciaram as manifestações, concentraram-se ontem no no Porto, em Leiria e nas Caldas da Rainha, em iniciativas protesto contra o Ministério da Educação, convocadas por sms, correio electrónico ou blogs.
"O que aconteceu sábado e já tem acontecido em muitas escolas no país é o reflexo da sensibilidade muito apurada dos professores relativamente a orientações do Ministério da Educação que desvalorizam a profissão", adiantou o sindicalista.
Segundo João Dias da Silva, o Ministério tem vindo a "colocar grande pressão sobre os professores, que é incomportável e burocrata". "Esta pressão deixa pouco tempo para os professores poderem ser professores, inundando-os com uma enorme carga burocrática e administrativa", sublinhou.
O secretário-geral da FNE salientou ainda que o novo regime de avaliação dos professores "é claramente punitivo e burocrático, em vez de ser promotor de melhorias".
Por esse facto, João Dias da Silva considerou que os protestos espontâneos dos docentes "dão mais força aos sindicatos", salientando a importância deste apoio porque, "face à lei, apenas os sindicatos têm capacidade de negociação".
Já ontem, em declarações ao PÚBLICO, Mário Nogueira, presidente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), tinha saudado estas movimentações dos docentes. Segundo o dirigente sindical, estas manifestações espontâneas são demonstrativas da insatisfação que reina entre os docentes: “O importante é combater esta política educativa”, frisou.
in Público - ler notícia
FNE diz que protestos de ontem demonstram descontentamento dos professores
24.02.2008 - 15h37 Lusa, PÚBLICO
O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE) considera que os protestos realizados ontem por professores à margem das estruturas sindicais reflectem o "profundo descontentamento" da classe com o Ministério da Educação.
"Não há nenhuma competição com os sindicatos, mas um profundo descontentamento dos professores, que o exprimiram de forma espontânea", afirmou João Dias da Silva, quando questionado sobre se estes protestos poderiam ser vistos como uma crítica às estruturas sindicais.
Cerca de dois mil professores, segundo cálculos dos jornalistas do PÚBLICO que presenciaram as manifestações, concentraram-se ontem no no Porto, em Leiria e nas Caldas da Rainha, em iniciativas protesto contra o Ministério da Educação, convocadas por sms, correio electrónico ou blogs.
"O que aconteceu sábado e já tem acontecido em muitas escolas no país é o reflexo da sensibilidade muito apurada dos professores relativamente a orientações do Ministério da Educação que desvalorizam a profissão", adiantou o sindicalista.
Segundo João Dias da Silva, o Ministério tem vindo a "colocar grande pressão sobre os professores, que é incomportável e burocrata". "Esta pressão deixa pouco tempo para os professores poderem ser professores, inundando-os com uma enorme carga burocrática e administrativa", sublinhou.
O secretário-geral da FNE salientou ainda que o novo regime de avaliação dos professores "é claramente punitivo e burocrático, em vez de ser promotor de melhorias".
Por esse facto, João Dias da Silva considerou que os protestos espontâneos dos docentes "dão mais força aos sindicatos", salientando a importância deste apoio porque, "face à lei, apenas os sindicatos têm capacidade de negociação".
Já ontem, em declarações ao PÚBLICO, Mário Nogueira, presidente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), tinha saudado estas movimentações dos docentes. Segundo o dirigente sindical, estas manifestações espontâneas são demonstrativas da insatisfação que reina entre os docentes: “O importante é combater esta política educativa”, frisou.
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1 comentário:
Até que enfim que a classe e os seus representantes se unem pelo bem da escola pública portuguesa, contra as políticas da educação, defendendo o que é digno de ser defendido: a escola pública, que sem falsas promessas e sem hipocrisias, levada pela simplicidade e sensibilidade de se ser Professor, defende ainda os jovens deste país, prometendo-lhes que a aprendizagem é um crescimento humano que contribui para o bem estar de qualquer cidadão. É essa a função de um pedagogo e por isso fomos sobrevivendo às intempestivas do governo.
À luta por um País democrático, onde a transparência seja realmente a bandeira de qualquer cidadão comum, mesmo no limiar da pobreza
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