Sistema de avaliação dos docentes volta a ser alvo de contestação
Perto de 1500 professores protestam em Leiria contra política do Governo
03.03.2008 - 19h45 Lusa
Perto de 1500 professores concentraram-se hoje em Leiria para protestar contra a política do Governo, nomeadamente a tentativa de impor a avaliação dos docentes ainda neste ano lectivo.
Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, que promoveu o protesto, reafirmou que, no seu entender, "o processo de avaliação está todo suspenso" por decisão judicial. Assim, considerou, as escolas não podem avançar com observações de aulas para avaliar os docentes.
O sindicato promete por isso mesmo mover acções judiciais contra as escolas que promovam observações de aulas ou distribuam fichas de avaliação de docentes, salientou o dirigente sindical.
Segundo Mário Nogueira, os serviços jurídicos da Fenprof estão a preparar "uma queixa contra uma escola (da zona de Lisboa) que tinha os seus cronogramas aprovados e não o podia fazer".
Para o sindicalista, as cinco providências cautelares interpostas em quatro tribunais portugueses suspendem o processo de avaliação pelo que só depois de existir uma decisão judicial final é que o processo estará desbloqueado.
Por seu lado, o Ministério da Educação considera que a aceitação das providências cautelares pelos tribunais não suspende a avaliação de docentes. "Eles [o ministério] sabem que estão a induzir as escolas numa situação que não é regular", reagiu Mário Nogueira.
Em paralelo, o sindicato pediu hoje uma audiência junto do primeiro-ministro na sequência do apelo do Presidente da República para o consenso do sector. "Qualquer via de diálogo com o Ministério da Educação está esgotada" pelo que o "desbloqueamento desta situação" deve passar pelo primeiro-ministro que "tem de assumir as suas responsabilidades políticas", defendeu o secretário-geral da Fenprof.
Sobre a manifestação nacional, agendada para o próximo sábado, Mário Nogueira antecipou que "os professores vão inundar Lisboa", naquela que será a maior manifestação de sempre em Portugal do sector. Ao protesto deverão juntar-se representantes de associações de pais solidárias com o movimento sindical, prometeu Mário Nogueira, rejeitando as acusações da ministra de que os sindicatos estão a orquestrar os docentes.
O dirigente contabilizou em mais de 30 mil o número de professores que se têm manifestado nas ruas na última semana contra a política de Educação do Governo.
Em Leiria, a Fenprof reuniu hoje cerca de 1500 professores que percorreram as ruas do centro histórico, uma semana depois de um outro movimento - organizado de forma autónoma dos sindicatos - ter enchido o cine-teatro local com docentes.
Jorge Batista, um dos promotores do encontro anterior, organizado pelo recém-criado Movimento em Defesa da Escola Pública, esteve também hoje na manifestação da Fenprof e negou qualquer divisão entre professores sindicalizados e não sindicalizados. "Isso é uma ideia completamente errada: temos é diferentes formas de organização que estão a confluir no mesmo destino", explicou.
in Público - ler notícia
Perto de 1500 professores protestam em Leiria contra política do Governo
03.03.2008 - 19h45 Lusa
Perto de 1500 professores concentraram-se hoje em Leiria para protestar contra a política do Governo, nomeadamente a tentativa de impor a avaliação dos docentes ainda neste ano lectivo.
Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, que promoveu o protesto, reafirmou que, no seu entender, "o processo de avaliação está todo suspenso" por decisão judicial. Assim, considerou, as escolas não podem avançar com observações de aulas para avaliar os docentes.
O sindicato promete por isso mesmo mover acções judiciais contra as escolas que promovam observações de aulas ou distribuam fichas de avaliação de docentes, salientou o dirigente sindical.
Segundo Mário Nogueira, os serviços jurídicos da Fenprof estão a preparar "uma queixa contra uma escola (da zona de Lisboa) que tinha os seus cronogramas aprovados e não o podia fazer".
Para o sindicalista, as cinco providências cautelares interpostas em quatro tribunais portugueses suspendem o processo de avaliação pelo que só depois de existir uma decisão judicial final é que o processo estará desbloqueado.
Por seu lado, o Ministério da Educação considera que a aceitação das providências cautelares pelos tribunais não suspende a avaliação de docentes. "Eles [o ministério] sabem que estão a induzir as escolas numa situação que não é regular", reagiu Mário Nogueira.
Em paralelo, o sindicato pediu hoje uma audiência junto do primeiro-ministro na sequência do apelo do Presidente da República para o consenso do sector. "Qualquer via de diálogo com o Ministério da Educação está esgotada" pelo que o "desbloqueamento desta situação" deve passar pelo primeiro-ministro que "tem de assumir as suas responsabilidades políticas", defendeu o secretário-geral da Fenprof.
Sobre a manifestação nacional, agendada para o próximo sábado, Mário Nogueira antecipou que "os professores vão inundar Lisboa", naquela que será a maior manifestação de sempre em Portugal do sector. Ao protesto deverão juntar-se representantes de associações de pais solidárias com o movimento sindical, prometeu Mário Nogueira, rejeitando as acusações da ministra de que os sindicatos estão a orquestrar os docentes.
O dirigente contabilizou em mais de 30 mil o número de professores que se têm manifestado nas ruas na última semana contra a política de Educação do Governo.
Em Leiria, a Fenprof reuniu hoje cerca de 1500 professores que percorreram as ruas do centro histórico, uma semana depois de um outro movimento - organizado de forma autónoma dos sindicatos - ter enchido o cine-teatro local com docentes.
Jorge Batista, um dos promotores do encontro anterior, organizado pelo recém-criado Movimento em Defesa da Escola Pública, esteve também hoje na manifestação da Fenprof e negou qualquer divisão entre professores sindicalizados e não sindicalizados. "Isso é uma ideia completamente errada: temos é diferentes formas de organização que estão a confluir no mesmo destino", explicou.
in Público - ler notícia
ADENDA: Está lá, no final da notícia, um comentário muito interessante, de um leitor que diz chamar-se "Gato Preto"- e que diz assim:
"Segundo sei, os blogs e sites de alguns movimentos de professores estão a ser atacados a partir de computadores de vários ministérios, conforme se pode ver pelos respectivos IP. Ou seja, os assessores, isto é, a "boyada" socretina está a usar meios públicos para fazer contra-propaganda. Se isto não é abuso do poder, então o que será? Depois de gastarem assim o dinheiro do erário público, fecham escolas, hospitais e tribunais por "não haver dinheiro". que cinismo repugnante! Quanto à luta, estive em Leiria e estamos todos cada vez mais determinados. Só pararemos quando Milú, Lemos e Pedreira voltaram para o anonimato de onde nunca deviam ter saído e os professores forem tratados com dignidade e não humilhados, vilipendiados e vistos como inimigos a abater pela tutela. Quando isso acontecer, estamos dispostos a dialogar com quem quer que seja, sobre todos os temas relacionados com a Educação."
Entenda quem quiser a primeira frase deste comentário...
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