O Movimento Cívico Em Defesa da Escola Pública trabalhou activamente, com outros movimentos e forças cívicas e sindicais, para a grande manifestação de Professores em Lisboa.
O Movimento congratula-se com a expressiva participação de docentes, da qual a classe política, nomeadamente o Governo, o Parlamento e o Senhor Presidente da República, terão de tirar as devidas ilações.
As declarações da Ministra são lamentáveis e, em vez de diálogo e abertura, reforçam a crispação e fragilizam, por culpa inteira do Governo, a serenidade a que o Senhor Presidente da República tinha apelado.
Por seu lado, o Primeiro-Ministro, tendo extremado posições e estando enredado na sua própria estratégia política, revela, ao desvalorizar os protestos dos docentes, que põe a sua pessoa acima dos interesses do País.
O Movimento Cívico Em Defesa da Escola Pública irá definir formas de actuação, em conjunto com outras forças, mas também autónomas, adequadas aos contextos de uma participação cívica adequada, eficaz e consequente.
A luta não acabou em Lisboa. Os professores e outros cidadãos não se podem desmobilizar, pois a defesa da Escola Pública, do ensino de qualidade e da própria democraticidade social continuam a estar em jogo.
O Movimento congratula-se com a expressiva participação de docentes, da qual a classe política, nomeadamente o Governo, o Parlamento e o Senhor Presidente da República, terão de tirar as devidas ilações.
As declarações da Ministra são lamentáveis e, em vez de diálogo e abertura, reforçam a crispação e fragilizam, por culpa inteira do Governo, a serenidade a que o Senhor Presidente da República tinha apelado.
Por seu lado, o Primeiro-Ministro, tendo extremado posições e estando enredado na sua própria estratégia política, revela, ao desvalorizar os protestos dos docentes, que põe a sua pessoa acima dos interesses do País.
O Movimento Cívico Em Defesa da Escola Pública irá definir formas de actuação, em conjunto com outras forças, mas também autónomas, adequadas aos contextos de uma participação cívica adequada, eficaz e consequente.
A luta não acabou em Lisboa. Os professores e outros cidadãos não se podem desmobilizar, pois a defesa da Escola Pública, do ensino de qualidade e da própria democraticidade social continuam a estar em jogo.
11 comentários:
Proponho algo que já tinha sugerido anteriormente: BOICOTE ACTIVO À AVALIAÇÃO DO ME.
Se houver uma posição nacional de sindicatos, movimentos e associações, julgo haver condições para pararmos o processo, pelo menos este ano lectivo.
Como disse hoje Marcelo Rebelo de Sousa, "o ME não pode instaurar 120 mil processos disciplinares".
É que não chega irmos todos para a rua mostrar a nossa indignação se, depois, nas Escolas, agimos como "cordeirinhos assustados". No fundo, o que proponho é uma espécie de "desobediência civil".
É essencial manter a pressão sobre o ME, de forma a "malhar o ferro enquanto está quente".
SE TODOS ADOPTARMOS ESTA POSIÇÃO, NADA TEREMOS A TEMER. É QUE O ME NÃO PODE DAR-SE AO LUXO DE NOS DESPEDIR A TODOS!
Caso haja pressões e ameaças de alguns órgãos de gestão de algumas Escolas, os colegas denunciariam essa situação aos sindicatos e/ou movimentos, que se encarregariam de os colocar numa "lista negra".
Os orgãos de gestão democaticamente eleitos não deveriam assumir este processo, que lhes é estranho.
Fico feliz com a dinâmica que vai surgindo e parece-me, aliás, bem
interessante o trabalho que se perspectiva, procurando dar-se corpo ao que têm sido os movimentos cívicos de cidadãos-professores . Insistir que somos
pela defesa da escola pública enquanto cidadãos,envolvendo pais, alunos e professores; proceder a um laborioso trabalho de estudo de alternativas ao que vai mal ; explicar aos pais e alunos o que tem estado errado, sobretudo
de há 3 anos a esta parte (questão da escola a tempo inteiro, dos currículos e programas desajusta
dos desde há muito,exploração a que estão sujeitos os professores contratados para preenchimento das actividades como o inglês ou
outras,o inenarrável ECD onde se não fala de ensino ou ensinar, e o dele decorrente concurso para professores titulares, com divisão dos professores em titula
res e nos outros, não ecessariamente baseada no mérito ou
demérito, e que, ao que parece, vai repetir - se - , o novo esquema de gestão escolar que atribui poderes totais e arbitrá
rios aos futuros gestores, as vantagens e inconvenientes da passagem dos concursos aos autarcas
concelhios e a culminar no comple
xo diploma de avaliação dos professores (recordo o excelente artigo de Vasco Pulido Valente no Público de ontem);legislação sobre alunos deficientes, sobre ensino artístico; denúncia devidamente fundamentada do falso conceito de autonomia com que a ministra e
seus ajudantes (não era assim que Cavaco designava os secretários e
subsecretários de estado?) a todos quer enganar,estatuto permissivo e
facilitista do aluno - e ainda como tudo isto tem contribuído para a infelicidade e indignação dos professores (e sem professores felizes o ensino não pode ser bom)e seu desprestígio a todos os títulos reprovável e que estará
também na base do clima de indisciplina e violência dentro da
escola, entre alunos, e destes e de alguns pais contra funcionários e professores.Acentuar que não somos contra os sindicatos,efectiva
mente os que, pela organização e dinheiro dos sócios estão capazes de avançar junto de tribunais e que são capazes de conseguir 100 000 pessoas na rua.
Desmnistificar também o processo que levou a ministra a querer como
interlocutores só «as escolas» representadas no chamado Conselho de escolas e, se viermos a formar a tal plataforma cívica, a ser considerados parceiros nas negociações futuras.Exigir que sejam ouvidos com ouvidos de ouvir
(seriedade) os parceiros sociais.
Porque todos queremos um ensino melhor, a redução real do insucesso e abandono, e sobretudo formar cidadãos livres e
felizes, que saibam pensar para virem a ser a esperança de um futuro mais justo e de qualidade, que hoje não podemos senão almejar.
Sei que é muito este trabalho de organização, de arrumação de ideias e de como levá-las aos directamente interessados - pais e alunos - nesse ensino que queremos
de qualidade.Passará também pela denúncia dos currículos e programas
escolares desajustados, bem como pela questão dos livros escolares, entregue aos poderosos lobbies das
editoras escolares.E, é claro, não esquecer os media, e,nomeadamente, os locais.
O que tem sucedido no último mês, culminando na manifestação de ontem,reforça o meu orgulho de ter sido professora e de continuar a sê-lo (porque quem ama com paixão o ensino nunca deixa de ser professor, ainda que aposentado)
Amélia Pais
Fala-se numa nova greve.
Greve de uma semana.
Greve por tempo indeterminado.
Eu não concordo com a greve de que já se fala. Não que eu seja fura greves. Se for essa a decisão dos PROFESSORES eu tb farei greve. Pelo tempo que for necessário!!!
A greve só nos penaliza:
- monetariamente;
- na opinião pública;
- na recuperação do trabalho perdido.
Vamos ganhar coragem!!!
VAMOS SER UNIDOS. Vamos mostrar do que são feitos os PROFESSORES.
Greve não! Trabalho sim.
Ficar em casa é fácil!!! Difícil é perder férias e ir trabalhar.
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SIM. Trabalhar!!!
Vamos trabalhar nas férias da Páscoa.
Vamos Pintar as Escolas. O Governo não investe nas nossas condições de trabalho. Vamos investir nós!!!
Será fácil arranjar quem patrocine as tintas.
PINTAR AS ESCOLAS
Eu vou.
Vamos?
Passem a palavra.
Abraço. Tiago Soares Carneiro.
http://democraciaemportugal.com
Por "boicote activo" e "desobediência" eu entendo:
1. Cumprimento zeloso de horários, recusando trabalho burocrático extra, seja em casa, seja na escola. As reuniões devem caber dentro da componente não lectiva de estabelecimento. Quando o tempo não chegar, prossegue no dia seguinte, ou na semana seguinte, ou no mês seguinte, ou no ano seguinte.
2. Esclarecimento exaustivo de todas as dúvidas. Quando um ponto não for suficientemente claro, ou nas grelhas, ou nos instrumentos de medida, ou noutro assunto, na dúvida não posso votar a favor, porque as consequências são imprevisíveis, para os colegas, para os alunos e para mim próprio.
3. Não se improvisam soluções. As escolas têm sobrevivido com a capacidade de adaptação dos professores. Sem isso o sistema bloqueia.
Não me parece que uma greve, sobretudo em 3ºperíodo ou a exames,seja boa solução: afastaria de nós os pais e muitos estudantes e até, se clahar, muitos professores.Uma desobediência civil do tipo da sugerida por M.Rebello de Soiusa,(sempre fui muito à la Thoreau) creio que poderia,assim houvesse garantias de que os 100 000 o fariam, ser eficaz.
Greves de zelo, como as indicadas pelo anónimo que me precede, creio que seria a ponderar seriamente.E as anunciadas manif's à segunda-feira que o sejam em horário post-laboral.Isso dignificar-nos -ia,como as anteriores, perante pais, alunos e nós mesmos, cidadãos
professores.
1. O que é que um primeiro-ministro, em queda nas sondagens e com eleições no próximo ano, teme mais do que 100000 pessoas na rua? O que é que eles não conseguem controlar (veja-se a vergonhosa cobertura da SIC que chegou a perguntar a um colega próximo de mim quanto tinha custado a nossa faixa e quem a tinha pago)?
R: A comunicação directa “à queima-roupa”, rua a rua, porta a porta. Uma desmontagem sistemática das políticas de educação do ME. Pelo nosso número e proximidade com a população isso seria uma verdadeira dor de cabeça para Sócrates, quando(com a crise internacional à porta), não terá, ao contrário do que esperava, rebuçados para distribuir.
2. Deveríamos exigir “picar o ponto”. Já que a Sra. Ministra nos quer transformar em burocratas então que vá até ao fim. Se não tivermos computadores (da escola) não elaboramos testes, se não tivermos tempo não corrigimos os testes, etc.
3. Desobediência – seria uma boa ideia mas teria de ser muito bem pensada, porque eles começariam por pressionar primeiro um pequeno grupo de colegas.
4. Criação de comissões de luta em cada escola para gerirem os processos atrás referidos.
João Tavares
P.S. Como posso contactar o movimento?
Também acredito que não devemos baixar os braços,neste momento em que estamos unidos pela mesma causa e com capacidade para demonstrar a nossa força e razão. Proponho que nos continuemos a manifestar todos os sábados, com a mesma intensidade, até que esta corja de incompetentes que nos governa compreenda que ultrapassou os seus limites.
Todos unidos, temos muita força!
Ana
O nosso e-mail é:
em.defesa.da.escola.publica - arroba - gmail.com
Sou professor contratado, engenheiro de formação (o tipo de professor que, normalmente, os restantes professores não gostam). Conheço os dois mundos: o da indústria e o do ensino. Desde sempre, particularmente enquanto era aluno e antes de ser professor, discordei dos professores em alguns pontos. Hoje, depois de 6 anos a dar aulas, continuo a não concordar com os restantes colegas em alguns pontos, mas passei a concordar, sem dúvida, noutros. Independetemente dos pontos em que discordo, gostei de ver que finalmente os professores estão a ganhar juízo e a fazer o que tem que ser feito, de forma organizada e, acima de tudo, responsável. Esta manifestação ao Sábado, onde infelizmente não pude estar, não interrompendo assim as aulas nem o normal funcionamento da cidade de Lisboa (tirando os planos de passeio de alguns turistas), é uma mostra disso mesmo. A patetice das greves à sexta ou segunda feira, as pequenas manifestações em frente às escolas ou CM locais só servem para denegrir ainda mais a imagem dos profesores (não se esqueçam que também conheço o outro lado e as suas opiniões). Na minha opinião, este é o momento em que os professores têm que estar mais unidos do que nunca e falar a uma só voz, pois este momento definirá o resto das vossas/nossas vidas. Acabo com uma sugestão (e por muito que me custe tudo farei para particiar desta vez se isso vier a acontecer): a fazer uma greve geral de professores façam greve por um período de uma a duas semanas. Eu sei que para muitos será um esforço sobre-humano, mas tentem pesar o esforço de um mês com o esforço que terão que fazer pelo resto das vossas vidas a ser burocratas a preencher papeis e mais papeis em vez de serem aquilo que realmente são - professores - ainda por cima, avaliados de uma forma injusta, por um trabalho que não vos deixam fazer. Um período destes, BEM EXPLICADO quer nos média, quer aos pais (pelos próprios DT, porque não, em carta), faria pura e simplesmente parar o país e daria uma outra dimensão à luta que os professores estão a travar. Mas esta, é apenas a minha opinião. Boa sorte e bom trabalho a todos.
Sinto-me orgulhosa de ver esta tomda de posição.Até que enfim, os professores começam a aprender o caminho e a definir o rumo correcto. Vou-vos enviar o meu texto de 8 de Março, rumo a Lisboa, no autocarro nº 26:
Neste dia Mundial da Mulher …
a História vai contá-lo …
Neste dia de Março de 2008,
Chegou a vez, de neste alvorecer
Do século, a voz se erguer
Para dizer, alto e bom som:
Viva o profissionalismo da Mulher,
A sua incomensurável capacidade
De dar, de viver e partilhar
A vida, a profissão, a intimidade, …
Hoje as Mulheres estão de luto,
As escolas estão de luto.
A Escola que querem construir
É um deserto árido, de hipocrisia!
Homens e Mulheres erguem-se, sem sorrir,
Quase perdida a Esperança
Nos sinais de mudança
De um outro Provir.
E aqui estão as escolas unidas!
Aqui estão os professores, na sua maioria
Mulheres!
De novo, se erguem vozes destemidas,
Revoltadas na sua indignação,
De lhes quererem tirar a alegria,
A dignidade e o prazer na Educação.
Um bom dia para as parceiras
Que lutam com força e coragem,
Que crescem e divulgam, até à derradeira,
O Amor por um novo dia, na leve aragem
Que ainda corre, na marcha da verdadeira
Essência do Homem, sem roupagem!
Vivam as Mulheres e os Companheiros
Que com elas partilham a vida,
Crescendo, conjuntamente,
Chorando e rindo, unidos por inteiro.
B.Q.P.
(no percurso do autocarro nº 26, rumo à capital, cerca das 11.30 h)
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