O termo não é novo tem sido usado recorrentemente pela equipa do Ministério da Educação (veja-se o texto anterior), apelidando os docentes que não dizem ámen a tudo a que a Santíssima Trindade vai inventando, embora não tenha muitas vezes vindo a público (a notícia anterior é uma das raras excepções).
Não me chateia quase nada que me chamem professorzeco, mesmo quando certas almas iluminadas (spin doctors, jornalistas-comentadores e afins) a usam, para desprestigiar a nossa classe. Mas custa um bocadinho.
Agora que percebi a origem da expressão, agora vulgarizada, que nasceu dentro do nosso Ministério da Educação, há que reflectir sobre o assunto. Se quem nos tutela nem sequer disfarça o profundo desrespeito que tem pelos subordinados, como podemos exigir aos nossos alunos alguma coisa...?
Há que respeitar para merecer respeito. Há que educar pelo exemplo. Foi assim que me ensinaram há muito tempo. Mas hoje parece que as regras são outras - o triste espectáculo de fim de ciclo ou de fim de regime a que assistimos dá azo a estas palhaçadas infelizes, em que uns podem impunemente enxovalhar, insultar e desprestigiar (v.g. equipa do Ministério da Educação) e os professores podem comer e calar, mesmo que a revolta os leve a usar expressões menos correctas (como o colega Charrua, que num desabafo infeliz insultou a mãe do nosso primeiro ministro).
Até onde estamos disponíveis para aguentar isto? É que, como disse aos praças o oficial Salgueiro Maia, na madrugada de 24 de Abril de 1974, há diversos tipos de organização do estado e ainda o estado a que isto chegou. O Salgueiro Maia e os soldados não vacilaram - o que falta para nós, os professorzecos, percebermos para onde queremos ir...?
1 comentário:
à semelhança dos magistrados do porto, podíamos nós também , fazer algo para defender a nossa honra...
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