Já saíram à rua mais de 10 mil professores
Acesso à categoria de titular, avaliação e alterações à gestão escolar são alguns dos motivos na origem dos protestos desta semana.
Ao longo de três anos de governo, a actual equipa do Ministério da Educação já enfrentou greves em época de exames nacionais, a maior manifestação de professores dos últimos 25 anos, vigílias à porta da 5 de Outubro, semanas de luta.
Mas nunca como agora a contestação às políticas educativas foi tão intensa. (ler mais)
Publico Online, 29.02.2008, Isabel Leiria
7 comentários:
Penso que estamos a viver os momentos de maior tensão, tanto nós professores como o Ministério da Educação. Ou seja, estamos num momento de decisão...!!!
Se não quisermos perder esta batalha é necessário que, num esforço supremo, juntemos toda a nossa força, pois que de uma autêntica batalha se trata.
Já várias cidades organizaram vigílias e penso que aqui em Leiria também se devia organizar mais uma.
Se estas acções de rua não se intensificarem e nada acontecer antes das férias da Páscoa... então devemos preparar-nos para batalhas que terão de ser necessariamente muito mais duras.
Penso que em Leiria se podia e devia intensificar mais a luta!
Todos os cidadãos podem dar o seu contributo para ajudar a solidificar a democracia em Portugal e neste momento a questão de fundo é mesmo essa.
Neste momento cabe especialmente aos professores mostrarem que são capazes de dar esse contributo!
Que viva a democracia!!!
«Ninguém é suficientemente filósofo para compreender o que é uma criança» (Jean - Jacques Rousseau)
Abraço
Paulo
Se calhar, devíamos dar destaque a esta afirmação recente do nosso PR (gostemos ou não dele):
«A comunidade tem de interessar-se pela escola e não podemos exigir tudo aos professores» - Cavaco Silva
Até podem ser 100.000, mas não é assim que se resolve o problema. A imagem do docente tem de ser defendida pelo próprio.A tese de que a Ministra uniu os professores é só demagogia. Nunca foram unidos e nunca serão unidos. Falta espirito de clase. Os problemas são para ser resolvidos dentro da Escola. Medo, mas medo de quê? Quando se tem medo é porque algo não está bem nas consciência de cada um. É ridiculo aquilo que se vai assistindo. Bom senso e grande espirito profissional é o melhor. Cavaco Silva não tem moral para falar, sobre professores ou Escolas. A carga da Cavalaria contra os alunos ainda é para lembrar. Ler o artigo de hoje do director do DN.
Caros colegas a Democracia não está em causa. Apesar da direita se tentar aproveitar da insatisfação dos professores, tudo isto é conversa. Mostrem que são profissionais e estejam nas tintas para as fichas de avaliação. Resolvam os problemas dentro do vosso espaço e não se deixem instrumentalizar. Sejam dignos da profissão. Já não pertenço à docencia. Estou a ser roubado em 700 e tal euros por mês. Saí porque estava farto de tudo, mas estou atento ao que se passa em redor. Sair para a rua sim se eventualmente a Democracia estivesse em causa. Agora assim não se compreende.
O que se passa na área da gestão escolar e da “reforma” do ensino é do domínio da psicopatologia. O senhor Presidente do Conselho, bacharel Pinto de Sousa, tinha razão, ou fugiu-lhe a boca para a verdade, quando há dias denominou «ministra da avaliação» a senhora Maria de Lurdes.
Tudo isto faz parte do afã reformista (mudar, mas não necessariamente para melhor) dum desgoverno que apelidou a classe docente de «professorzecos».
Apesar do grande paixão que esta gentalha assevera ter pela maviosa Educação, têm sistematicamente empurrado o ensino para descaminhos.
Esta avaliação do desempenho mais parece um circo de compadrio, uma inqualificável vergonha e cria um dilema horrendo, que deixa de fora a verdade pedagógica: ou as notas ou a carreira.
Não sei o que pretendem com aquela «participação qualificada de agentes da comunidade local» no novo regime de gestão escolar.
O meu avô, um sábio, com a milenar experiência popular, dizia: «isto mudar, muda; mas nunca melhora»!
"A tese de que a Ministra uniu os professores é só demagogia."
Apesar das vozes revisionistas, sempre anónimas e coladas ao poder, lá estaremos, no dia 3 de Março (em Leiria) e 8 de Março, na Manifestação de Lisboa, para mostrar que a nossa revolta nos leva a fazer coisas fantásticas.
A vitória de muitos davides sobre os golias do ME vai passar a fazer parte da História da Democracia portuguesa...
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