sexta-feira, 18 de abril de 2008

Uma Cerimónia para a História

Gostei imenso de ver aquela coisa que não pode ser chamada de acordo ser assinada. O garbo de uns e a alegria de outros convenceram-me que era um momento histórico, como não havia há muito tempo. De repente lembrou-me um episódio menor da história pátria, o Pacto de Dover, pois o texto aprovado dava para os todos os lados e era bom para todos excepto para os interessados.

Já as negociações para o aclamado acordo (ou lá como se chama a coisa) pareceram-se muito, na minha humilde opinião, com o negócio entre dois irmãos, Isaac e Esaú, em que um deles vendeu ao outro os seus direitos por um prato de lentilhas. Foi pena, já que estamos com a mão no livro dos livros, que não aparecesse um moço e varresse os vendilhões e respectivas bancas antes do negócio estar concluído...

Queria ainda recordar outro acontecimento, na sequência do anterior, em que até fui participante activo, o Dia D, outra data fantástica para sempre recordar, embora a letra D me faça pensar na palavra desistir, que, não sei porquê, me fez pensar no dia 15 de Julho de 1976 ou em 12 de Março de 1938.

Finalmente um voto de confiança nos escrutinadores dos votos no acordo que não é acordo, que a esta altura quase conseguíram terminar a contagem - ânimo, pessoal: até em países democráticos e civilizados estes percalços acontecem...

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